O arcebispo sírio-católico de Homs, D. Jacques Mourad, partilhou um panorama desolador da vida na Síria, onde a crise económica atinge níveis alarmantes, impedindo grande parte da população de aceder a bens essenciais.

Segundo o prelado, a carência financeira é tão severa que a maioria das famílias não possui meios para custear o aquecimento, vital durante os meses mais frios, nem sequer para comprar pão, um alimento básico.

Esta situação de privação material junta-se a um profundo sentimento de falta de dignidade e a uma erosão da confiança mútua entre os cidadãos, bem como na capacidade de resposta do governo e da comunidade internacional.

Os anos de conflito e as sanções impostas ao país agravaram drasticamente a economia, resultando na perda generalizada de empregos e na incapacidade das pessoas de garantirem a própria subsistência. D. Jacques Mourad exemplifica a gravidade pedindo dinheiro para comprar pão.

Para além das dificuldades económicas, a Síria enfrenta um ambiente de incerteza e instabilidade, com a ausência de um quadro regulamentar claro, o que afeta diversos aspetos da vida social.

Neste cenário adverso, a Igreja Católica desempenha um papel crucial como fonte de esperança e apoio, providenciando assistência humanitária e desenvolvendo iniciativas para ajudar os sírios a superarem a fome, a sede e a escassez de recursos. O arcebispo destaca a importância de projetos que gerem emprego e contribuam para a reconstrução social, como habitação, hospitais e escolas.