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Papa deixa mensagem na audiência geral, sublinhando que «Deus nunca desiste» de ninguém

Cidade do Vaticano, 04 jun 2025 (Ecclesia) – O Papa pediu hoje, no Vaticano, que as novas gerações assumam responsabilidades nas comunidades católicas, deixando uma mensagem de esperança a todos os que procuram “sentido” para a vida.

“Eu gostaria de dizer, especialmente aos jovens, que não esperem, mas que respondam com entusiasmo ao Senhor que nos chama a trabalhar na sua vinha. Não demorem, arregacem as mangas, porque o Senhor é generoso e não vão ficar desiludidos”, referiu Leão XIV, durante a audiência pública desta quarta-feira, na Praça de São Pedro.

“Trabalhando na sua vinha, vão encontrar a resposta para aquela pergunta profunda que trazem dentro de vocês: qual é o sentido da minha vida?”, acrescentou.

Perante cerca de 35 mil pessoas, reunidas para a terceira audiência geral do pontificado, o Papa prosseguiu o ciclo de catequeses sobre as parábolas de Jesus, iniciado por Francisco, comentando uma passagem do capítulo 20 do Evangelho de São Mateus, em que operários aguardam que alguém os contrate, numa praça pública.

O texto fala do proprietário de uma vinha que sai pessoalmente à procura dos seus operários, de três em três horas, inclusive no final do dia.

“Deus nunca desiste de nós; está sempre pronto a aceitar-nos e a dar sentido e esperança às nossas vidas, por mais desesperada que pareça a nossa situação e por mais insignificantes que pareçam os nossos méritos”, indicou Leão XIV.

Que todos nós, e os nossos jovens em particular, sejamos generosos e entusiastas ao responder ao seu apelo para trabalhar na sua vinha!”

O Papa insistiu na importância de manter a esperança, mesmo “nos momentos sombrios da vida”.

“Por vezes, de facto, temos a impressão de que não conseguimos encontrar um sentido para a nossa vida: sentimo-nos inúteis, desadequados, como operários que esperam na praça do mercado, à espera de que alguém os leve para o trabalho. Mas, por vezes, o tempo passa, a vida passa e não nos sentimos reconhecidos nem valorizados”, observou.

Leão XIV sublinhou a atualidade da imagem da praça do mercado, “o local dos negócios, onde, infelizmente, o afeto e a dignidade também se compram e vendem, na tentativa de ganhar algo”.

“Quando não nos sentimos apreciados, reconhecidos, corremos o risco de nos vendermos ao primeiro comprador. O Senhor recorda-nos, em vez disso, que a nossa vida tem valor, e o seu desejo é ajudar-nos a descobri-lo”, realçou.

Mesmo quando parece que podemos fazer pouco na vida, vale sempre a pena. Há sempre a possibilidade de encontrar um sentido, porque Deus ama a nossa vida.”

No final da audiência, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, em especial aos que vieram do Rio de Janeiro e de São Paulo.

“Com um coração humilde e cheio de amor por todos, respondamos sem demora ao convite de Cristo. Digo isso sobretudo aos jovens: não tenham medo de trabalhar na vinha do Senhor! Não adiem o encontro com Aquele que é o único que pode dar sentido à nossa vida”, apelou.

Ao despedir-se dos peregrinos, Leão XIV recordou a próxima solenidade de Pentecostes, que se vai celebrar no domingo.

“Exorto-vos a ser sempre dóceis à ação do Espírito Santo, invocando a sua luz e força. A todos a minha bênção”, concluiu.

OC

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