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19 de fev de 2025 às 09:24
O presidente dos EUA, Donald Trump, frustrou ativistas pró-vida ontem (18) com um decreto que visa reduzir os custos da fertilização in vitro (FIV) e expandir o acesso ao procedimento.
“Eu tenho dito que faremos o que temos que fazer”, , disse Trump em entrevista coletiva depois de assinar o decreto. “Acho que as mulheres, as famílias [e] os maridos são muito gratos por isso”.
Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, disse em publicação na rede social X que o decreto “direciona recomendações de políticas para proteger o acesso à fertilização in vitro e reduzir agressivamente os custos diretos e do plano de saúde para tais tratamentos”.
O decreto instrui o conselho a dar ao presidente uma lista de recomendações de políticas nos próximos 90 dias.
A medida para expandir o acesso à fertilização in vitro e reduzir seus custos cumpre uma das promessas de campanha de Trump, mas o coloca em desacordo com muitos membros da comunidade pró-vida que se opõem à fertilização in vitro porque o processo destrói milhões de vidas embrionárias humanas .
A fertilização in vitro é um tratamento de fertilidade ao qual a Igreja se opõe , no qual médicos unem espermatozoides e óvulos para criar embriões humanos e implantá-los no útero da mãe, o que desvia do processo procriativo natural. Para maximizar a eficiência, os médicos criam embriões humanos em excesso e rotineiramente destroem embriões indesejados.
O Catecismo da Igreja Católica (número 2377) afirma que a FIV é “moralmente inaceitável” porque separa o ato conjugal da procriação e estabelece “o domínio da técnica” sobre a vida humana.
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“Só 7% dos embriões humanos criados por fertilização in vitro resultarão num nascimento vivo”, disse Lila Rose, presidente da organização pró-vida Live Action, na rede social X depois do anúncio feito pela Casa Branca.
“93% dessas vidas são congeladas indefinidamente, sofrem aborto ou são abortadas. Mais de um milhão de embriões são congelados nos EUA. A fertilização in vitro NÃO é pró-vida”.
Kristan Hawkins, presidente do grupo pró-vida Students for Life of America, pediu a Trump em publicação na rede social X que “por favor pare e estude a indústria da fertilização in vitro, que é perturbadora, pois se aproveita de famílias desesperadas, mata humanos no estágio embrionário e promove a eugenia”.
Edward Feser, filósofo católico e professor da faculdade Pasadena City College, no Estado da Califórnia, disse em uma série de publicações na rede social X que “não deveria haver financiamento algum para isso, e nenhum apoiador de Trump que deixasse de resistir vigorosamente a tal movimento pode alegar ser genuinamente pró-vida”.
“Católicos e outros pró-vida: perguntem a si mesmos o que diriam e fariam se um democrata tivesse feito isso. Se vocês não disserem nada e fizerem a mesma coisa quando Trump fizer, então vocês são hipócritas cuja lealdade ao seu partido superou a lealdade à sua religião e à lei natural”, disse Feser.
Muitos legisladores republicanos adotaram agressivamente a fertilização in vitro em fevereiro do ano passado, depois de uma decisão da Suprema Corte do Estado do Alabama para proteger certos direitos legais para embriões humanos causar uma reação pública.
Em março do ano passado, Kay Ivey, governadora republicana do Alabama, assinou uma legislação que concedeu imunidade às clínicas de fertilização in vitro quando elas causam a morte de embriões humanos. Depois de assinar o projeto de lei, a governadora disse que a fertilização in vitro é “pró-vida” e ajuda a construir uma “cultura da vida” sem mencionar o número de embriões humanos destruídos pelo processo.