Capela onde está o corpo do servo de Deus João Pozzobon torna-se reitoria

O diácono João Luiz Pozzobon nasceu em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão (RS). Participava de um grupo de homens, no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Santa Maria (RS).

Em 10 de setembro de 1950, recebeu no santuário em Santa Maria a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, para com ela visitar as famílias.  João Pozzobon exerceu o seu apostolado de levar a Mãe Peregrina às famílias todos os dias, por 35 anos, até a sua morte em 27 de junho de 1985. Ele percorreu com a imagem 140 mil km. Atualmente, a Campanha da Mãe Peregrina está presente em vários países. Pozzobon também visitou escolas, hospitais, presídios.

Pozzobon foi ordenado diácono permanente em 30 de dezembro de 1972 e pode vir a se tornar o primeiro beato diácono permanente, depois que esse tipo de diaconato foi restabelecido pelo Concílio Vaticano II (1962-1965).

Segundo o Movimento de Schoenstatt, além da capela Nossa Senhora das Graças, fazem parte da reitoria criada as capelinhas Branca, Rosa e Azul, construídas por Pozzobon, e as casas onde ele viveu: a Casa Museu, onde ele nasceu em São João do Polêsine, e a casa onde morou com a família perto da capela Nossa Senhora das Graças.

 A administração pastoral da reitoria foi confiada ao Instituto dos Padres de Schoenstatt e terá como reitor o vice-postulador da casa de beatificação de Pozzobon, padre Vítor Hugo Possetti, junto com padre Maike Andrade.

“Sinto-me privilegiado por ser parte desse momento histórico na arquidiocese de Santa Maria e também para o Movimento de Schoenstatt,” disse o padre Maike, ao pedir “que Deus nos dê forças para continuar levando a espiritualidade e o carisma do diácono João Luiz Pozzobon a muitas casas, famílias”.

Local de peregrinação

Na celebração, dom Leomar Brustolin recebeu dos filhos de João Pozzobon, Nair, Pedrolina e Humberto Pozzobon, uma imagem peregrina, que era carregada pessoalmente pelo servo de Deus.

Em sua homilia, o arcebispo de Santa Maria disse que a reitoria “será um lugar privilegiado de peregrinação, de formação, de diálogo vocacional, de acolhida das dores e esperanças do povo fiel”.

“Ao fundar uma reitoria junto ao túmulo do diácono Pozzobon, a Igreja reconhece não apenas sua fama de santidade, mas também a atualidade do seu testemunho”, disse dom Leomar. Para o arcebispo, “num tempo marcada pela pressa, pela superficialidade e pela desesperança, a vida de João Luiz nos fala de constância, de fé profunda, de caridade concreta e de serviço alegre”.

O arcebispo disse que Pozzobon foi “um verdadeiro peregrino da esperança, como nos convida a viver o Ano Jubilar”. “Carregando a imagem da Mãe, ele carregava também a dor e a esperança do povo. Com ele aprendemos que a santidade não é privilégio de poucos, mas caminho possível para todos os que amam, servem e permanecem fiéis”, disse.

Dom Leomar desejou que a reitoria “inspire novos servidores, vocações generosas, líderes humildes e missionários incansáveis”. “Que ali brotem vocações ao diaconato, ao sacerdócio, à vida consagrada e ao apostolado lado”, pediu.