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29 de abr de 2025 às 15:19
O arcebispo de Santiago del Estero e primaz da Argentina, dom Vicente cardeal Bokalic, e o arcebispo de Córdoba, Argentina, dom Ángel cardeal Rossi, disseram esperar que o sucessor do papa Francisco “continue esse caminho” de levar o Evangelho às periferias e estar próximo das pessoas.
Os dois cardeais argentinos estão em Roma para o funeral do papa Francisco, que ocorreu no último sábado (26) e para o conclave programado para começar em 6 de maio.
O cardeal Bokalic disse que, apesar da dor de se despedir do papa, havia uma certa alegria entre as pessoas que “participaram lindamente da celebração”, que “fizeram sua a mensagem do papa Francisco”, gerando aplausos, “um sinal do que Francisco semeou e do que permaneceu profundamente no coração das pessoas, não só de algumas, mas de todas as pessoas”.
O cardeal Rossi disse que Francisco mostrou “como um homem de Deus pode unir o mundo inteiro”.
O cardeal, jesuíta como o papa, disse que na missa, lembrou-se da presença de Francisco “numa pequena sala ao lado do pátio, lá no convento da Companhia”, falando sobre seus anos como jesuíta em Córdoba, Argentina, quando Bergoglio era “totalmente anônimo”.
“E de repente, vendo isso, há uma espécie de contraste quase lógico, porque a gente diz: como é louco esse Evangelho, a força do bem, a força de quem ousou viver o Evangelho”, disse o cardeal Rossi.
O cardeal disse que, na missa fúnebre, “o nível de aplausos refletiu a importância das questões, e o maior aplauso foi pela necessidade de paz”.
“A paz foi, digamos, o aplauso mais forte, para que o povo sentisse o que estava no coração do papa, especialmente em seus últimos dias”, disse também dom Rossi.
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Sobre o conclave, que começará em 7 de maio, o cardeal Bokalic disse que se trata de “um mundo desconhecido” para ele e que, dos 135 cardeais, conhece “poucos rostos, pelas fotos”. Por isso, ele disse que “a primeira tarefa será, um pouco, nos conhecermos”.
“O que o papa Francisco nos deixou é muito claro. Para onde queremos ir e talvez o que o mundo espera hoje”, disse o cardeal Rossi, falando especialmente sobre a proximidade, a evangelização das periferias e a proximidade com as pessoas.
“Acho que é daí que vem, não é? Quer dizer, que as pessoas consigam entender a linguagem do Evangelho hoje, certo? Como Francisco fez. É uma das coisas em que acho que teremos que pensar na pessoa que sucederá Francisco”, disse o arcebispo de Córdoba.
“Espero que possamos encontrar alguém que siga esse caminho”, concluiu dom Rossi.
Em conversa com outros cardeais, o arcebispo disse que “por um lado havia muita dor, mas por outro lado havia também uma esperança saudável”.
“Uma bela esperança, mesmo em meio às contradições, mesmo diante da realidade, sabendo que às vezes o diabo também mete o rabo, mesmo em quem pensa diferente, mas acima de tudo, uma experiência de esperança, uma experiência de que Deus cuida dessas coisas”.
“Por fim, também no meio das nossas humanidades — digamos assim — a certeza de que, acima de tudo, Deus reina sobre essas coisas, acima das nossas virtudes e das nossas misérias”, concluiu o cardeal Rossi.
“Rezem por nós”, pediu o cardeal Bokalic.