Cardeal Ambongo insta Trump a olhar para a África: ‘Crucial para os EUA’

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10/jun/2025

O Cardeal Fridolin Ambongo, Arcebispo de Kinshasa na República Democrática do Congo, dirigiu-se diretamente ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste fim de semana, com um pedido veemente para que retome a ajuda externa destinada ao continente africano.

Em um artigo de opinião, o cardeal enfatizou a urgência e a moralidade do auxílio humanitário focado na África, ressaltando seu considerável valor estratégico para os interesses americanos. Embora reconheça a política de Trump de priorizar os cidadãos e as necessidades internas dos EUA, Ambongo advertiu que seria um equívoco esquecer-se da África.

Ambongo destacou os vastos recursos naturais africanos, juntamente com sua vibrante população jovem e empreendedora, como elementos de grande importância para os Estados Unidos, sublinhando os benefícios mútuos de uma relação fortalecida. Ele relembrou como a assistência americana prévia transformou a vida de milhões de pessoas e reforçou a presença econômica dos EUA na região.

Segundo o cardeal, o congelamento da ajuda essencial tem transformado a África em um foco de conflitos pela posse de recursos naturais cruciais para a tecnologia moderna. Ele também apontou para a fome generalizada e a pobreza que afligem muitas áreas do continente.

Ambongo alertou que, caso os EUA abandonem completamente a África, um vácuo político será preenchido por potências adversárias, como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

O cardeal também criticou a imposição de ideologias, como apoio a serviços de aborto e contracepção, como condição para a ajuda, classificando-a como uma forma de colonização cultural que desafia os valores africanos. Ele defendeu que a ajuda humanitária e o respeito pela cultura local podem coexistir.

Em nome das comunidades católicas africanas, Ambongo apelou a Trump e sua futura administração para que reconsiderem a ajuda, assegurando a disposição de colaborar para garantir que os recursos sejam usados de forma eficaz e livre de corrupção. Ele concluiu enfatizando que há muito em jogo para todos: africanos, americanos e o cenário global.

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