Cardeal Jaime Spengler evoca conflitos mundiais e pede orações pelo Papa – Agência ECCLESIA

12/maio/2025


Dezenas de milhares de pessoas participaram, com velas, na celebração da vigília do 13 de maio

Fátima, 12 mai 2025 (Ecclesia) – O cardeal brasileiro D. Jaime Spengler, arcebispo de Belo Horizonte, recordou hoje em Fátima os conflitos armados em várias partes do mundo e pediu orações pelo novo Papa.

“Mãe querida, nos acompanhe; olhe pelos nossos povos, interceda pela nossa gente, interceda também em favor do bispo de Roma, Leão XIV”, referiu, na homilia da celebração vespertina da peregrinação internacional aniversario do 13 de maio, perante dezenas de milhares de peregrinos.

O responsável católico centrou a reflexão numa passagem da Salve-Rainha: “Esperança nossa, salve!”.

“A esperança para nós tem nome: Jesus! Ele é a nossa paz, Ele sempre está à nossa espera, Ele nos amou por primeiro”, acrescentou.

O presidente da celebração convidou os participantes a fechar os olhos e a repetir a frase da Virgem Maria relatada por São João: “Fazei tudo o que meu Filho vos disser”.

Antes da homilia foi lida a passagem do Evangelho em que Jesus transforma água em vinho, num casamento.

“Precisamos do vinho da concórdia, do entendimento entre os povos. O vinho do perdão, da paz”, observou, a respeito dos 80 anos do fim da II Guerra Mundial e da proliferação de conflitos por todo o mundo.

“Maria é mãe: mãe gera, cuida, consola, acompanha, orienta, esperam corrige, incentiva, reza. Por isso nós aqui a contemplamos e nos deixamos olhar por ela. Deixemo-nos guiar por ela”, apelou ainda.

Esperança nossa, salve! Interceda por nós, Mãe, para que jamais esqueçamos que teu Filho amado é nossa esperança. Que possamos cumprir a nossa vocação, a nossa e missão na sociedade de hoje, e testemunhar por palavras e atos a fé que nos anima, nos sustenta e nos une!”.

Antes da celebração da Palavra, os peregrinos presentes no Santuário de Fátima recitaram o Rosário, em várias línguas, incluindo o ucraniano, tendo rezado “pela paz no mundo e, em especial, na Ucrânia, na Terra Santa e nos países onde há conflitos e violência”, seguindo-se a procissão das velas,

A cerimónia incluiu uma evocação das Aparições de 1917, na Cova da Iria, onde entre maio e outubro a Virgem Maria apareceu aos pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta, apresentando o relato das ‘Memórias’ da primeira, a mais velha dos videntes, sobre o dia 13 de maio.

Após o final da celebração, a imagem de Nossa Senhora de Fátima regressou à Capelinha das Aparições.

Para esta celebração anunciaram a sua inscrição, nos serviços do Santuário de Fátima, 164 grupos de peregrinos para o dia 12 de maio e 173 grupos de peregrinos para o dia 13 de maio, oriundos de cerca de 35 países dos cinco continentes.

A peregrinação contou com a presença de 18 bispos, entre eles dois cardeais – D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, e D. Jaime Spengler.

Depois da vigília de oração, ao longo de toda a madrugada, o programa do dia 13 de maio inclui a recitação do Rosário pelas 09h00, na Capelinha das Aparições, de onde parte, às 10h00, a procissão, para o altar do Recinto de Oração, para a celebração da Missa, com bênção dos doentes, consagração do pontificado de Leão XIV a Nossa Senhora de Fátima e a procissão do adeus.

A animação musical das celebrações é assegurada pelo Coro e Solistas do Santuário de Fátima e ‘Schola Cantorum’ Pastorinhos de Fátima, acompanhados pelo quinteto de metais ‘FiveWays’ e pelo organista Silvio Vicente, sob direção do maestro Ricardo Luís Campos.

Nesta noite foi estreado o cântico ‘Salve, Senhora da Esperança’ e no dia 13 estreia a obra ‘Confiamos em Cristo, nossa Esperança’, ambras do compositor Fernando Lapa, a pedido do Santuário de Fátima.

OC


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