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25 de abr de 2025 às 11:05
A Conferência Episcopal Alemã publicou orientação a sacerdotes sobre bênçãos para casais em situações irregulares e uniões homossexuais, instando o clero a usar as bênçãos para “expressar apreço” por pessoas que buscam o reconhecimento.
O folheto “Bênçãos para casais que se amam“, foi distribuído no início do mês pela conferência conjunta de membros da conferência e do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK, na sigla em alemão).
A orientação cita Fiducia supplicans, documento da Santa Sé publicado em 2023 aprovado pelo papa Francisco. O documento da DBK, sigla em alemão da conferência episcopal, permite “bênçãos” de uniões homossexuais e outros arranjos extraconjugais.
“Casais não eclesiásticos, casais divorciados, recasados e casais em toda a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero são, obviamente, parte de nossa sociedade”, escreveu a DBK, dizendo que “muitos desses casais querem uma bênção para seu relacionamento”.
“Tal pedido é uma expressão de gratidão por seu amor e uma expressão do desejo de moldar esse amor a partir da fé”, diz o documento, chamando as bênçãos de “um ato da Igreja, que se coloca a serviço do encontro divino-humano”.
“A Igreja leva a sério o desejo do casal de colocar seu caminho futuro na vida sob a bênção de Deus. Vê no pedido de bênção a esperança de um relacionamento com Deus que possa sustentar a vida humana”, diz o folheto.
“A arte e o modo de conduzir a bênção, o local, toda a estética, como música e canto, destinam-se a expressar o apreço das pessoas que pediram a bênção, sua união e sua fé”, diz a orientação.
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Quando publicada em 2023, Fiducia supplicans gerou uma reação internacional generalizada dos líderes da Igreja em todo o mundo, embora alguns bispos tenham elogiado a orientação e prometido permitir as bênçãos em suas dioceses.
O documento disse que os padres podem abençoar uniões homossexuais como uma expressão de proximidade pastoral sem tolerar suas relações sexuais. A declaração enfatizou que as bênçãos só podem ser dadas “espontaneamente” e não no contexto de um rito litúrgico formal.
Bispos na Europa, na África e em outros lugares disseram que não permitiriam que os padres fizessem tais bênçãos. Alguns bispos nos EUA, no entanto, disseram que implementariam as diretrizes em suas dioceses.
O papa Francisco várias vezes defendeu o documento das críticas, dizendo que as bênçãos não exigem “perfeição moral” antes de serem dadas.
“A intenção das ‘bênçãos pastorais e espontâneas’ é mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja a todos aqueles que, encontrando-se em diferentes situações, pedem ajuda para continuar – às vezes para começar – um caminho de fé”, disse Francisco no ano passado.