A Conferência Católica do Estado de Washington, nos EUA, entrou com uma ação judicial ontem (29) contra uma nova lei que exige que padres denunciem abusos infantis descobertos no sacramento da confissão sob pena de prisão e multas.

A ação, movida pela arquidiocese de Seattle e pelas dioceses de Spokane e Yakima, diz que a lei infringe o sigilo sagrado da confissão e, assim, viola o livre exercício da religião, protegido pela primeira emenda da Constituição dos EUA. A ação diz também que a lei viola a cláusula de proteção igualitária da 14ª Emenda e a Constituição do Estado de Washington.

Promulgada pelo governador Bob Ferguson, do Partido Democrata, em 2 de maio, a lei entra em vigor em 27 de julho e adiciona o clero à lista de denunciantes obrigatórios de abuso infantil no Estado de Washington, e nega explicitamente a eles a isenção de "comunicação privilegiada" concedida a outros profissionais, como enfermeiros e terapeutas.