Constitucionalista defende maior presença da Igreja Católica no espaço público português

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07/jun/2025

O conhecido constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia expressou a opinião de que as instituições religiosas, nomeadamente a Igreja Católica, demonstram uma certa contenção ou inibição na sua intervenção no espaço público. Segundo o especialista em Direito, a voz da Igreja deveria ser mais audível e sentida na esfera pública em Portugal.

Bacelar Gouveia sugeriu que esta aparente falta de força ou habilidade na comunicação pode dever-se a uma ineficácia em ser ouvida ou a uma real ausência de discurso com a necessária pujança. Defende, assim, uma maior intervenção social da Igreja, apelidando-a de uma forma de "evangelização" ou "re-evangelização da opinião pública". Considera que esta é uma obrigação importante, embora exija líderes eclesiásticos com carisma e capacidade de comunicação.

Além do papel da religião na sociedade, o constitucionalista abordou outros temas críticos. As elites portuguesas, abrangendo setores como a política, justiça e ensino superior, foram descritas por si como "bastante corrompidas" e marcadas pela "mediocridade", referindo atos que considera ilegais e grosseiros.

A questão da imigração foi outro ponto focado, com Bacelar Gouveia a afirmar que esta se transformou de "questão" em "problema". Apontou a necessidade de proteger os imigrantes de exploração e criminalidade, como o tráfico, mas também sublinhou que os recém-chegados têm o dever de se integrar e respeitar os valores e a identidade coletiva portuguesa.

O especialista também comentou o uso da religião na política, criticando partidos que a instrumentalizam para fins eleitorais, mas defendendo o direito e o dever moral das religiões em esclarecer os cidadãos sobre os programas partidários e aconselhar os fiéis sobre escolhas políticas que melhor se alinhem com os seus princípios.

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