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30 de jan de 2025 às 10:40
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto na última segunda-feira (27) para acabar com a “ideologia radical de gênero” nas forças armadas, revertendo a diretriz do ex-presidente Joe Biden que permitia pessoas que se identificam com o sexo oposto nas forças armadas.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.
A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.
A ordem de 27 de janeiro, efetiva em 30 dias, diz que qualquer pessoa que expresse “uma falsa ‘identidade de gênero’ divergente do sexo de um indivíduo não consegue satisfazer os padrões rigorosos necessários para o serviço militar”. O decreto diz também que “o serviço militar deve ser reservado para aqueles mental e fisicamente aptos para o serviço”.
Segundo um relatório da agência do governo dos EUA Congressional Research Service, atualizado em 10 de janeiro, o Departamento de Defesa dos EUA gastou cerca de US$ 15 milhões (cerca de R$ 88 milhões) em tratamentos para ‘mudança de sexo’ de integrantes das forças armadas do país de 1º de janeiro de 2016 a 14 de maio de 2021.
Também em vigor em 30 dias, todas as instalações para dormir, trocar de roupa e tomar banho serão separadas com base no sexo natural, independentemente da identidade de gênero autoafirmada pela pessoa.
Outra disposição determina que Pete Hegseth, Secretário de Defesa dos EUA, emita uma ordem proibindo o uso de pronomes inconsistentes com o sexo natural.
“Além das intervenções médicas hormonais e cirúrgicas envolvidas, a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”, diz o decreto. “A afirmação de um homem de que ele é uma mulher, e sua exigência de que outros afirmem essa falsidade, não é consistente com a humildade e a abnegação exigidas de um membro do serviço”.
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“É política do governo dos EUA estabelecer altos padrões de prontidão das tropas, letalidade, coesão, honestidade, humildade, uniformidade e integridade”, diz também o decreto.
A principal missão dos militares é “proteger o povo americano e nossa pátria como a força de combate mais letal e eficaz do mundo”.
“O sucesso nessa missão existencial requer um foco único no desenvolvimento do ethos guerreiro necessário, e a busca pela excelência militar não pode ser diluída para acomodar agendas políticas ou outras ideologias prejudiciais à coesão da unidade”, diz também o texto.
Fim da DEI e outras ordens executivas militares
Além de revisar as políticas de gênero do Departamento de Defesa, o presidente assinou três outros decretos ligados às forças armadas na última segunda-feira, um dos quais encerra iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês).
“Essas ações minam a liderança, o mérito e a coesão da unidade, corroendo assim a letalidade e a prontidão da força”, diz o decreto. “Elas também violam a consciência dos americanos ao envolverem discriminação racial e sexual odiosa”.
Outro decreto reintegra membros das forças armadas que foram dispensados por se recusarem a tomar vacina contra a covid-19 e determina o pagamento de salários atrasados e benefícios para eles.