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Aveiro, 04 jun 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro vai apresentar o seu projeto de reorganização territorial, que mantém as 101 paróquias, na peregrinação diocesana ao Santuário de Nossa Senhora de Vagos, durante a tarde do dia 6 de julho.

“Isto é de comunhão, é de todos”, disse o bispo de Aveiro, no Conselho Diocesano de Pastoral realizado no dia 21 de maio, citado pelo jornal ‘Correio do Vouga’.

D. António Moiteiro informou os membros do Conselho Diocesano que só assina os decretos de criação das comunidades pastorais da nova organização territorial se for “assumido por todos como Igreja”, para que ninguém diga “não votei isso”.

Os membros do Conselho Diocesano de Pastoral observaram que a nova organização territorial da diocese “não é uma questão de fronteiras e geografias, um mero agregar de paróquias”, mas apoia-se e exige “um novo estilo pastoral, um protagonismo ministerial que assenta numa determinada visão de Igreja”.

Segundo o semanário da Diocese de Aveiro, publicada à quarta-feira, esta “pode ser a maior mudança na organização territorial” desta Igreja local desde a sua restauração em 1938, adiantando que no ano pastoral 2026/2027 vai continuar com as suas 101 paróquias que estarão agrupadas em comunidades pastorais, uma reorganização que anda a ser analisada desde o início deste ano pastoral

Cada comunidade pastoral vai agrupar entre duas a cinco paróquias, com a vida cristã a integrar as pessoas das várias comunidades, e vão ser criados também novos órgãos, como o Conselho Pastoral da Comunidade, a equipa de Animação Pastoral e equipas Setoriais de Pastoral, adiantou o ‘Correio do Vouga’, na última edição de maio (dia 28).

Uma organização que surge devido à redução do número de padres, a par com maior consciência do protagonismo laical, e estão dispostas a dar opinião e a colaborar no processo, como tem assinalado o bispo diocesano.

O documento-base desta reorganização territorial, após a discussão no Conselho Diocesano de Pastoral, que é constituído, maioritariamente, por leigos representativos das várias geografias e setores pastorais da diocese, vai ser analisado também pelo Conselho Presbiteral, nos dias 27 e 28 de junho, no Seminário de Leiria.

Segue-se a apresentação do atual documento à diocese, numa assembleia diocesana, na tarde do dia 6 de julho, durante a peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Vagos, iniciativa que começa com uma caminhada, a partir de três pontos, pelas 09h30.

A partir de outubro, até março de 2026, grupos paroquiais vão refletir sobre um documento de trabalho, com “ideias bem estruturadas”, para depois ser reformulado, visto pelos Conselhos Pastorais e Económico, estando prevista a aprovação do documento final para a criação de comunidades pastorais numa assembleia sinodal, em junho do próximo ano.

A Diocese de Aveiro, no itinerário pastoral que está a percorrer, convida à ‘corresponsabilidade ministerial e sinodal no seio da Igreja Povo de Deus, neste ano 2024/2025, e, no ano pastoral seguinte, 2025/2026, vão “praticar a sinodalidade”, novo estilo de ser Igreja, e “dinamizar a vida das comunidades num tempo com menos clero e ministérios laicais mais presentes”.

Em 2026-2027, a diocese vai centrar-se na ‘identidade cristã num mundo que pede discípulos, militantes e missionários; Promover a fraternidade sem fronteiras, valorizar o domingo, cuidar da casa comum”.

CB/OC

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