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23 de fev de 2025 às 09:24
O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé, dom Rino Fisichella, pediu hoje (23), na missa de encerramento do Jubileu dos Diáconos, orações pelo papa Francisco, que continua em estado crítico depois de sofrer uma crise respiratória asmática prolongada na manhã de ontem (22).
O papa, de 88 anos, recebeu oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue devido à trombocitopenia associada à anemia, informou ontem a Santa Sé. Seu prognóstico é cauteloso e ele permanece sob rigorosa supervisão médica no Hospital Gemelli, em Roma.
Antes de ler a homilia preparada por Francisco, dom Fisichella falou sobre a proximidade espiritual do papa a esse importante momento do Jubileu e pediu aos fiéis para intensificar suas orações por sua recuperação.
“Estou particularmente satisfeito em ler a homilia que o próprio papa Francisco teria comunicado a todos vocês neste domingo em particular”, disse o arcebispo.
Dom Fisichella disse que na celebração da Eucaristia, “onde a comunhão atinge sua plenitude, a presença do papa é fortemente sentida, mesmo que ele esteja em uma cama de hospital”.
“Sentimo-lo presente entre nós e isso obriga-nos a tornar as nossas orações ainda mais fortes e intensas para que o Senhor o assista no seu tempo de provação e doença”, disse também o arcebispo.
A missa, celebrada no âmbito do Jubileu dos Diáconos, foi marcada por um profundo clima de contemplação e solidariedade a Francisco, cujo estado de saúde continua crítico.
Na cerimônia solene, 23 homens de vários países foram ordenados diáconos permanentes : dois do Brasil, seis da Colômbia, um da França, três da Itália, três do México, dois da Polônia, três da Espanha e três dos EUA.
Cerca de 4 mil diáconos permanentes também participaram desse grande evento, que faz parte do Jubileu da Esperança. A Itália teve a maior delegação, seguida pelos EUA com 1, 3 mil diáconos, França com 656, Espanha com 350, Brasil com 230, Alemanha com 160 e México com 150.
Vários grupos também chegaram da Polônia, da Colômbia, do Reino Unido, do Canadá, além de representantes de países como Camarões, Nigéria, Índia, Indonésia e Austrália.
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Dom Fisichella leu a homilia preparada pelo papa Francisco para a missa, com uma mensagem central sobre a gratuidade que o ministério diaconal implica, focada no perdão, no serviço abnegado e na comunhão.
Evitando o ciclo de ódio que destrói o mundo
O papa Francisco destacou na homilia que o anúncio do perdão é uma tarefa essencial dos diáconos, pois “é uma condição para toda a convivência humana”. Francisco disse que Jesus chama exorta a amar até mesmo os inimigos e que o perdão constrói um futuro mais esperançoso, evitando o ciclo de ódio e vingança que destrói o mundo.
Em sua mensagem, o papa Francisco também destacou o serviço altruísta como uma característica fundamental do diácono e exortou todos aqueles que receberam esta ordem sacramental a “fazer o bem” e a se doar “sem esperar nada em troca”. Assim, ele os encorajou a serem “escultores e pintores do rosto misericordioso do Pai” por meio do trabalho cotidiano, aproximando a Igreja das periferias e fazendo da caridade sua liturgia mais bela.
Por fim, o papa Francisco falou sobre a gratuidade como fonte de comunhão, citando o testemunho de são Lourenço, que disse que os pobres são o verdadeiro tesouro da Igreja.
O diaconato não é uma promoção
O arcebispo enfatizou que a doação generosa cria laços e fortalece a unidade dentro da comunidade eclesial. Ele disse também que receber o diaconato “não é uma promoção, mas um rebaixamento no serviço, seguindo o exemplo de Cristo que se fez pequeno para servir aos outros”.
Na homilia lida por dom Fisichella, o papa Francisco concluiu confiando os diáconos a Nossa Senhora e a são Lourenço, pedindo-lhes que os ajudem a viver seu ministério com humildade, amor e espírito de comunhão.