A organização de apoio aos cristãos necessitados divulgou o seu balanço de atividades para o ano de 2024, revelando que foram apoiados 5335 projetos em 137 países diferentes, com um investimento total de 141,5 milhões de euros.

Este montante foi possível graças aos donativos e legados recebidos durante o ano, que totalizaram 139,3 milhões de euros, complementados por 2,2 milhões de euros provenientes de reservas. A generosidade de cerca de 360 mil benfeitores a nível global, distribuídos por 23 países com escritórios nacionais da fundação, tornou esta ajuda uma realidade.

Os países que mais receberam assistência em 2024 foram a Ucrânia, pelo terceiro ano consecutivo, com 8,4 milhões de euros, seguida pelo Líbano (7,4 milhões de euros) e pela Índia (6,7 milhões de euros).

Na distribuição regional dos apoios, a África destacou-se ao concentrar quase um terço dos recursos aplicados. Nigéria e Burquina Fasso foram os principais beneficiários no continente. A Ásia-Oceânia recebeu o segundo maior volume de ajuda, com particular relevância para a Índia, que também foi o país com o maior número de bolsas de estudo e estipêndios de missa concedidos. O Médio Oriente ficou em terceiro lugar em apoio regional, impulsionado pela necessidade decorrente de conflitos armados, com Líbano, Síria e Terra Santa como destinos principais. A América Latina e a Europa também receberam parcelas significativas dos fundos.

Uma grande percentagem dos fundos angariados, cerca de 79,8%, foi diretamente aplicada em despesas relacionadas com a missão da fundação. Destes, 84,7% foram destinados ao financiamento direto de projetos, permitindo apoiar mais de 5 mil iniciativas. A restante parte das despesas de missão foi aplicada em atividades de informação, evangelização e defesa dos direitos dos cristãos oprimidos.

No ano passado, a entidade alcançou um recorde histórico ao distribuir quase 1,85 milhões de estipêndios de missa, apoiando 42.252 sacerdotes, e contribuiu para a formação de cerca de 10 mil seminaristas, maioritariamente em países africanos.

Entre os tipos de projetos apoiados, a construção lidera a lista, seguida pelo auxílio em transportes, que incluiu a doação de centenas de veículos variados, como automóveis, motas e bicicletas. A ajuda de emergência representou uma parcela considerável dos gastos, mantendo um nível similar ao do ano anterior.

Em Portugal, a contribuição dos benfeitores também mostrou um sinal positivo, com os donativos a atingirem 3 milhões e 940 mil euros em 2024, o que representa um aumento de 4% em relação a 2023. Este crescimento reflete a contínua solidariedade dos doadores portugueses em prol das comunidades cristãs que enfrentam perseguição e dificuldades em diversas partes do mundo.