Esperar contra toda a esperança, diz cardeal a cristãos da Terra Santa no Domingo de Ramos

“Sabemos que estamos vivendo tempos difíceis”, disse o patriarca. “Mas não estamos aqui hoje para falar apenas de dificuldades. Estamos aqui para proclamar com força que não temos medo. Nós somos filhos da luz, da ressurreição, da vida. Acreditamos em um amor que vence tudo”.

Como aconteceu em 2017, a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas estão celebrando por coincidência a Semana Santa e a Páscoa nos mesmos dias. As igrejas seguem calendários diferentes que, periodicamente, coincidem.

Enquanto Pizzaballa celebrou a missa do Domingo de Ramos no altar de Maria Madalena na Igreja do Santo Sepulcro, as Igrejas Copta, Siríaca e Etíope fizeram as suas liturgias em diferentes altares ao redor da “edícula”.

Em sua mensagem, Pizzaballa lembrou aos cristãos que “desde sempre e para sempre Jerusalém permanecerá uma casa de oração para todos os povos e ninguém poderá possuí-la”.

“Nós pertencemos a esta cidade”, acrescentou, “e ninguém pode nos separar de nosso amor por Jerusalém, assim como ninguém pode nos separar do amor de Cristo.”

Depois que Pizzaballa abençoou as palmas de Jericó e os ramos de oliveira trazidos do Convento Franciscano de São Salvador em Jerusalém, os padres e os fiéis deram três voltas ao redor da ermida do Santo Sepulcro para simbolizar os três dias que Cristo passou no sepulcro.

Depois da missa, os católicos saíram às ruas nos arredores da Cidade Santa para continuar a procissão, começando no Santuário de Betfagé, na parte oriental do Monte das Oliveiras, e terminando na Igreja de Santa Ana, perto da Porta dos Leões, que leva à Cidade Velha de Jerusalém.

“Vocês são os que mantêm viva a chama da fé cristã, aqui em Jerusalém, e mantêm viva a presença de Cristo em nosso meio”, disse o patriarca latino no final da procissão, que fez o mesmo percurso feito por Jesus durante sua entrada triunfal em Jerusalém, o evento comemorado no Domingo de Ramos.

“Aqui, hoje, apesar de tudo, nos portões da sua e da nossa cidade, mais uma vez, declaramos querer recebê-lo verdadeiramente como nosso rei e messias, e segui-lo em seu caminho em direção ao seu trono, a cruz, que não é um símbolo de morte, mas de amor”, concluiu Pizzaballa.