Este artigo é o do site Aci Digital
Para ler o artigo original clique aqui!
25 de mar de 2025 às 15:10
A fase diocesana do processo de beatificação do servo de Deus padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira termina em 21 de junho com uma missa celebrada às 15h na Comunidade Bethânia em São João Batista (SC). O processo foi aberto na arquidiocese de Florianópolis (SC) em 2020.
O comunicado foi feito pelo responsável do processo e presidente do Instituto Padre Léo, padre Lúcio Tardivo, no sábado (22).
“Foram cinco anos de pesquisas, de muita bênção e muita graça, e agora queremos celebrar este momento, juntamente com nosso bispo diocesano”, disse o padre Lúcio no Instagram da Comunidade Bethânia.
A fase diocesana começou em 7 de março de 2020, com a instauração do tribunal eclesiástico para a causa. Feita pelo arcebispo de Florianópolis (SC) dom Wilson Tadeu Jönk.
Nesta fase diocesana foi construído o inquérito que é a pesquisa feita pela comissão histórica que levanta toda a documentação acerca do candidato. Também recolhe testemunhos, documentos e escritos relacionados à vida padre Léo.
Terminada a fase diocesana, os documentos são entregues ao Dicastério para as Causas dos Santos e começa a fase romana. O dicastério verifica se os processos aconteceram de acordo com as normas da Santa Sé e nomeia um relator que acompanha a elaboração da positio.
A positio é um documento que contém uma biografia documentada dos candidatos a veneráveis e testemunhos de pessoas sobre a vida deles, relatando a prática das virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e virtudes cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
Com a positio aprovada, são feitas duas comissões: uma histórica e uma teológica, ambas formadas por nove membros, dos quais sete precisam aprovar a causa. Por fim, há um congresso de bispos e cardeais que em sua maioria também tem que aprovar a causa para que ela seja apresentada ao papa. Passando por todas essas etapas, a Santa Sé reconhece as virtudes heroicas e o candidato é proclamado venerável.
Depois, com o reconhecimento de um milagre ele é declarado beato e de um segundo milagre o candidato é declarado santo.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Quem foi o padre Léo
Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, conhecido como padre Léo, nasceu em 9 de outubro de 1961, em Delfim Moreira (MG), no vilarejo de Biguá, local muito citado pelo padre em suas pregações.
Era o nono filho de Joaquim Mendes Pereira e Maria Nazaré Guimarães. Como ele mesmo contou, antes de entrar para o seminário, trabalhou muito, tendo atuado como torneiro mecânico e também em uma fábrica de armas.
Em 1982 entrou para o seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Lavras (MG). Fez seu noviciado em Jaraguá do Sul (SC), cursou Filosofia em Brusque (SC) e concluiu Teologia em Taubaté (SP).
Foi ordenado sacerdote em 1990 e, em 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que tem como carisma o acolhimento de pessoas marginalizadas, viciados em drogas e prostitutas.
Padre Léo também atuou nos meios de comunicação, tendo publicado 27 livros e conduzido programas de televisão na Associação do Senhor Jesus e na Comunidade Canção Nova.
Ele morreu em 4 de janeiro de 2007, aos 45 anos, vítima de infecção generalizada por causa de um câncer no sistema linfático.
Mesmo doente, em 2006 fez a sua última pregação no Hosana Brasil, da Comunidade Canção Nova, com o tema “Buscai as coisas do alto”.
Na ocasião, disse: “Quer ser feliz? Busque as coisas do Alto. Esta é a grande palavra que Deus trouxe ao meu coração neste tempo. A doença me tirou tudo: não consigo mais andar sozinho, não enxergo direito. Estou cego do olho direito e vejo apenas cerca de 40% com o olho esquerdo. Mas veio ao meu coração: ‘Ai de mim se eu não evangelizar’ (1 Coríntios 9,16b)”.