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13 de abr de 2025 às 13:20
No final da missa de hoje (13), Domingo de Ramos, o papa Francisco reapareceu em público pela terceira vez desde que voltou ao Vaticano do Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em 23 de março.
Do altar da Praça de São Pedro, depois de saudar os fiéis, Francisco desejou-lhes um “bom Domingo de Ramos! Boa Semana Santa”.
Por causa da sua convalescença e saúde delicada, o papa Francisco não participou da missa do Domingo de Ramos, celebrada pelo cardeal Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio Cardinalício.
A missa foi precedida pela procissão de ramos do Domingo de Ramos, por bispos, padres, religiosos e leigos ao redor do obelisco na praça para comemorar a entrada de Jesus em Jerusalém.
Depois da cerimônia de bênção dos ramos, o cardeal argentino foi ao átrio da basílica vaticana para celebrar a missa, que marcou o início da Semana Santa.
Na homilia previamente preparada pelo papa Francisco e lida pelo cardeal Sandri, o papa recordou que “o Messias passa pela porta da Cidade Santa, aberta de par em par para acolher Aquele que, poucos dias depois, por ela sairá amaldiçoado e condenado, carregando a cruz”.
O papa Francisco falou de Simão de Cirene, que ajudou Cristo a carregar a cruz. “A cruz de Jesus torna-se a cruz de Simão”, disse, lembrando como foi forçado pelos soldados a ajudar Jesus.
“Enquanto o coração de Deus está prestes a abrir-se, trespassado por uma dor que revela a sua misericórdia, o coração do homem permanece fechado”, continuou ele.
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“Coloquemo-nos no seu lugar: sentimos raiva ou piedade, tristeza ou aborrecimento?”, disse.
Jesus redimiu o mundo, disse o papa. Cristo “carrega o pecado de todos os homens”, sofrendo conosco e por nós. “É precisamente este o modo inesperado e perturbador com que Cireneu é envolvido na história da salvação, em relação à qual ninguém é estrangeiro, ninguém é estranho”.
Francisco convidou a seguir os passos de Simão, que “nos ensinam que Jesus vem ao encontro de todos, em qualquer situação”.
Ele também disse que Deus transforma o caminho para o Calvário em um lugar de redenção, porque “Ele o percorreu, dando sua vida por nós”.
“Quantos cireneus carregam a cruz de Cristo! Somos capazes de reconhecê-los? Vemos o Senhor nos seus rostos dilacerados pela guerra e pela miséria? Perante a injustiça atroz do mal, carregar a cruz de Cristo nunca é em vão, é antes a forma mais concreta de partilhar o seu amor salvador”, disse.
Para o papa, “a paixão de Jesus torna-se compaixão quando estendemos a mão àqueles que já não aguentam mais, quando levantamos os que caíram, quando abraçamos os que estão desanimados”.
“Para experimentar este grande milagre da misericórdia, escolhamos como levar a cruz, durante a Semana Santa: não ao pescoço, mas no coração”, disse.
“Não só a nossa, mas também a daqueles que sofrem ao nosso lado; talvez a daquela pessoa desconhecida que o acaso – Mas será mesmo o acaso? – nos fez encontrar. Preparemo-nos para a Páscoa do Senhor tornando-nos cireneus uns dos outros”, concluiu o papa Francisco.