Este artigo é o do site Aci Digital
Para ler o artigo original clique aqui!
26 de abr de 2025 às 09:12
O caixão com os restos mortais do Papa Francisco foi posto hoje (26) na basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em um túmulo preparado de acordo com os desejos do papa argentino, cuja devoção à Virgem Salus Populi Romani, abrigada nesse templo, era conhecida.
O cortejo fúnebre do papa Francisco chegou à basílica de Santa Maria Maior depois de percorrer as ruas de Roma a partir da Praça de São Pedro.
Muitos dos fiéis queriam recebê-lo aos pés desse templo mariano localizado no Esquilino, uma das sete colinas de Roma. Tanto na parte da frente quanto na parte de trás da basílica, havia telões para acompanhar o funeral.
A última vez que um pontífice foi enterrado fora do Vaticano foi em 1903 com o papa Leão XIII, que está em São João de Latrão, a catedral de Roma.
Depois de percorrer lentamente os cerca de seis quilômetros que separam as duas basílicas, o carro que levava o caixão do papa Francisco subiu pela via Cavour até a entrada principal da basílica, onde foi recebido pelo cardeal Rolandas Makrickas, arcipreste coadjutor de Santa Maria Maior.
O caixão também foi recebido por um grupo de pessoas pobres da cidade de Roma, organizados pela Comunidade de Santo Egídio, de quem o papa sempre foi muito próximo.
Francisco quis ser enterrado nessa basílica por causa do ícone da Madonna Salus Populi Romani, a protetora do povo de Roma, diante de quem rezou em mais de 100 ocasiões.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
A devoção do papa a essa imagem data de antes de ele ser eleito. Como arcebispo de Buenos Aires, quando viajava a Roma, ele sempre se confiava a ela. Desde 2013, como Papa, ele a visitava antes e depois de toda viagem apostólica que fazia, para pedir sua intercessão e agradecer pelos frutos de sua jornada.
O papa pôde se despedir dessa Madona pouco antes de sua morte, em 12 de abril.
Francisco foi enterrado em um nicho na nave central, entre a Capela Paulina, onde o ícone está localizado, e a Capela Sforza. O local escolhido para o nicho do papa era uma sala onde se guardavam candelabros.
O sepultamento propriamente dito foi feito em particular. O rito foi o mesmo que o de qualquer pontífice. Estavam presentes, entre outros, o camerlengo, cardeal Kevin Farrell, o vigário-geral da diocese de Roma, o prefeito da Casa Pontifícia, o cerimoniário e familiares do papa Francisco.
Os selos do camarlengo, da prefeitura da Casa Papal e do Escritório de Cerimônias Litúrgicas foram estampados no caixão. Além disso, um notário redigiu um documento atestando que o sepultamento havia sido realizado.
Por fim, o caixão foi aspergido com água benta e rezou-se o Salve Regina. O túmulo simples do Santo Padre foi colocado no chão com a inscrição FRANCISCUS e feito de mármore da Ligúria, norte da Itália, terra onde seus avós nasceram e depois emigraram para a Argentina.