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16 de jan de 2025 às 16:35
O Ministério da Igualdade da Espanha abriu um processo para investigar várias dioceses espanholas que foram denunciadas por oferecerem terapias de conversão a pessoas com tendências homossexuais.
Ana Redondo, ministra da Igualdade do país, encontrou-se na terça-feira (14) com o presidente da Associação Espanhola contra as Terapias de Conversão, Saúl Castro, que falou sobre os detalhes da denúncia que registraram há poucos dias contra as arquidioceses de Madri, Barcelona e Valência, e as dioceses de Málaga, Getafe, Alcalá de Henares e Sigüenza-Guadalajara.
A denúncia visa as conferências do apostolado Transformados. A diretora do apostolado, Marta Sanz, disse que o apostolado “não oferece terapias, mas só Cristo e a doutrina da Santa Igreja Católica em todos os seus aspectos”.
Sua atividade se limita a “testemunhos de pessoas cujas vidas foram completamente transformadas depois de um encontro com Cristo”.
A diretora diz que a narração dessas experiências transformadoras tem elementos comuns: “ansiavam por um relacionamento com Jesus” e pediam-lhe “que saíssem de uma situação que não queriam”. Decidiram “viver na castidade ajudados pela Graça de Deus” e experimentaram “uma mudança de coração e de mente graças aos sacramentos, especialmente à reconciliação e à eucaristia”.
A Lei 4/2023 para a Igualdade Real e Efetiva das Pessoas Trans e para a Garantia dos Direitos das Pessoas LGTBI, conhecida como “Lei Trans”, proíbe em seu artigo 17 “a prática de métodos, programas e terapias de aversão, conversão ou descondicionamento, sob qualquer forma, destinada a modificar a orientação sexual ou identidade ou expressão de gênero de pessoas, ainda que tenham o consentimento do interessado ou de seu representante legal”.
A norma foi aprovada a partir dos critérios de órgãos consultivos como o Conselho de Estado e o Conselho Geral da Magistratura do país.
Organizações científicas como a Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica deram parecer desfavorável à lei por causa da urgência que foi concedida ao seu processamento, e da ausência de opinião dos profissionais de saúde e a imposição de pressões ideológicas.
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As penas às quais as dioceses podem estar sujeitas podem variar entre € 2 mil (mais de R$ 12 mil ) e € 150 mil (mais de R$ 936 mil) , além de implicarem a proibição de receber ajudas públicas.
Bispo denuncia “construção ideológica” marxista
O bispo de Orihuela-Alicante, dom José Ignacio Munilla, disse nas redes sociais que “o que chamam de ‘terapia de conversão’, na realidade, não existe”.
“É só uma ‘construção ideológica’ do marxismo para impedir que a Igreja acompanhe pastoralmente as pessoas com inclinações homossexuais, ajudando-as a viver a virtude na castidade”, diz o bispo.
Dom Munilla diz que “é irônico que os que defendem a liberdade de ‘mudar de sexo’ – incluindo terapias hormonais e cirurgias – proíbam os homossexuais de pedir livremente o que descrevem como ‘terapia de conversão’ ”.
Segundo o bispo, essa “é uma demonstração clara de que não acreditam na liberdade de que tanto se vangloriam; além de ser mais uma prova da falta de liberdade religiosa que sofremos”.