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Leão XIV sublinha importância de formar instituições e relações de paz, a todos os níveis

Cidade do Vaticano, 30 mai 2025 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje, no Vaticano, para o excesso de violência nas relações pessoais e sociais, sublinhando a importância de formar instituições e relações de paz, a todos os níveis.

“Há demasiada violência no mundo, há demasiada violência nas nossas sociedades. Perante as guerras, o terrorismo, o tráfico de seres humanos, a agressividade generalizada, as crianças e os jovens precisam de experiências que os eduquem para a cultura da vida, do diálogo, do respeito mútuo”, referiu, num discurso divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

“Antes de tudo, precisam de testemunhas de um estilo de vida diferente, não violento”, acrescentou, na audiência aos movimentos e associações que deram origem à ‘Arena da Paz’ de Verona, iniciativa que contou com a participação do Papa Francisco, a 18 de maio de 2024.

Leão XIV recordou que, há um ano, o seu antecessor sublinhava que “a construção da paz começa por colocar-se do lado das vítimas, partilhando o seu ponto de vista”.

“Esta perspetiva é essencial para desarmar os corações, os olhares, as mentes e denunciar as injustiças de um sistema que mata e se baseia na cultura do descarte”, advertiu.

Não podemos esquecer o abraço corajoso entre o israelita Maoz Inon, cujos pais foram mortos pelo Hamas, e o palestino Aziz Sarah, cujo irmão foi morto pelo exército israelita, e que agora são amigos e colaboradores: esse gesto permanece como testemunho e sinal de esperança. E agradecemos-lhes por terem querido estar presentes também hoje.”

O Papa defendeu que o caminho para a paz requer “corações e mentes treinados e formados para a atenção ao outro e capazes de reconhecer o bem comum no contexto atual”.

“Numa época como a nossa, marcada pela rapidez e pelo imediatismo, precisamos de reencontrar os longos tempos necessários para que esses processos possam acontecer”, precisou.

Leão XIV elogiou quem sabe “resistir à tentação da vingança”, apresentando estas pessoas como “os protagonistas mais credíveis dos processos não violentos de construção da paz”.

“A não violência como método e como estilo deve caracterizar as nossas decisões, as nossas relações, as nossas ações”, prosseguiu.

A intervenção assinalou a importância de promover a paz com a ajuda de todas as instituições.

“Se queres a paz, prepara instituições de paz”, apontou.

O portal de notícias de Vaticano informa que, na audiência, estavam associações como a Mediterranea Human Saving, Libera, Ação Católica, Médicos Sem Fronteiras, Economia de Francisco, Pax Christi, Movimento dos Focolares ou Amnistia Internacional, além de Olga Karach, ativista bielorrussa exilada na Lituânia.

OC

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