A Cáritas Diocesana do Porto (CDP) salientou recentemente a existência de um esforço colaborativo significativo entre diversas instituições na região do Porto com vista à integração de pessoas migrantes. Esta cooperação envolve entidades da sociedade civil, organizações ligadas à Igreja e a própria Câmara Municipal.

Daniela Guimarães, técnica coordenadora na CDP, destacou que "no Porto tem havido um esforço conjunto, inclusivamente, quer instituições civis, quer instituições da Igreja, o próprio município está a elaborar o plano municipal para a integração de migrantes". Ela expressou esperança que esta iniciativa seja bem-sucedida e ajude a diluir a perceção de "nós e os outros", reforçando que "Somos todos pessoas, e somos todos humanos e só esta família humana é aquilo que mais importa no final de tudo".

A Cáritas do Porto tem vindo a observar um aumento notável na procura de apoio por parte de migrantes desde meados de 2022, adaptando as suas respostas a um novo perfil de necessidades e alertando para esta realidade em diversos fóruns.

Um boletim recente da Cáritas, publicado este mês de junho, aborda centralmente a questão da migração, detalhando como os migrantes são acolhidos pela rede nacional da Cáritas e como algumas Cáritas Diocesanas atuam como empregadoras, inclusivamente em projetos como creches multiculturais.

Neste contexto, a Cáritas Diocesana do Porto destacou o seu projeto ‘PERTENSER+’. Lançado em resposta ao crescente número de pedidos de ajuda de famílias migrantes, maioritariamente da América Latina, o projeto foca-se em promover a cultura do acolhimento e do encontro. Através de apoio diferenciado e inovador, o PERTENSER+ acompanhou 15 famílias (compostas por adultos e crianças) de países como Argentina, Brasil, Colômbia e Venezuela, visando contribuir para um processo de integração social mais harmonioso.