O arcebispo Humberto González é membro da Pontifícia Comissão para a América Latina, na qual conheceu o cardeal Robert Prevost, que a presidiu de 2023 até ser eleito papa Leão XIV em 8 de maio.
A Pontifícia Comissão para a América Latina foi criada pelo venerável papa Pio XII em 1958 para estudar questões sobre a vida e o desenvolvimento das Igrejas particulares da região.
A comissão atua em coordenação com os dicastérios, aos quais aconselha e apoia, inclusive por meio de recursos financeiros. Ela também tem a tarefa de promover as relações entre as instituições eclesiásticas — tanto internacionais quanto nacionais — que atuam na América Latina e os órgãos da Cúria Romana.
Com a constituição apostólica Praedicate evangelium , o papa Francisco estabeleceu que a Pontifícia Comissão para a América Latina seria integrada ao Dicastério para os Bispos da Santa Sé. Isso significa que o prefeito do dicastério — cargo que o cardeal Prevost assumiu há dois anos — também será o presidente da comissão.
Da Praça de São Pedro, no fim da missa de inauguração do pontificado de Leão XIV, o arcebispo González, nascido na Colômbia, falou à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, sobre o relacionamento próximo que ele tinha com o agora papa na sede da Pontifícia Comissão para a América Latina, que fica na Piazza di San Calisto, no bairro de Trastevere, no centro de Roma.
“Minha relação com ele era de muita confiança e carinho, porque ele chegou a Roma há dois anos como presidente da Comissão e, portanto, precisava estar em contato conosco”, diz o arcebispo, que trabalha na Pontifícia Comissão para a América Latina há quase duas décadas.
Devido à sua experiência na comissão, Humberto manteve uma estreita colaboração com o então cardeal Prevost, especialmente depois de sua chegada a Roma, para "colocá-lo a par de alguns assuntos".
O pastor conhece suas ovelhas
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Nesse período, os dois se encontravam pelo menos duas vezes por mês. "Como eu gerencio a administração, tive que apresentar os vários relatórios e contas a ele", disse González.
Dos seus tempos de colaboração com Leão XIV, o arcebispo Humberto destaca em particular a sua “enorme capacidade de escuta e de atenção”.
"De fato, ele passou por aqui hoje no papamóvel, e eu o chamei pelo nome. Ao reconhecer minha voz, virou-se para mim, sorriu e me cumprimentou. Um pastor sempre conhece suas ovelhas ", disse o arcebispo, visivelmente emocionado.
Para Humberto, o papa Leão XIV é também “uma voz próxima, afetuosa, alegre, que escuta e sabe discernir”.
Nesse sentido, ele enfatizou que o papa tem grande capacidade de reflexão e “não toma decisões precipitadas”.
"Ele dedica seu tempo e faz uma tarefa muito importante para o bem da Igreja. Somos gratos por sua presença", disse ele à ACI Prensa.
O papa Leão XIV ainda não confirmou quem ocupará seu lugar à frente do Dicastério para os Bispos e da Pontifícia Comissão para a América Latina, entidade que também atua com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e o Conselho Latino-Americano de Religiosos (CLAR).
"Também buscamos estabelecer relações com as embaixadas latino-americanas junto à Santa Sé e com escolas latino-americanas que têm alunos aqui em Roma, para fomentar laços de comunhão entre a Cúria e a América Latina", disse também o funcionário da Pontifícia Comissão para a América Latina.
O presidente da Comissão também é auxiliado por dois secretários e oficiais da comissão, e por membros eleitos e assessores para "auxiliar, acompanhar e assessorar nas reuniões em que se planejam subsídios para o bem-estar e a comunhão de todos os países da América Latina".
O papa Leão XIV viveu duas décadas no Peru como bispo de Chiclayo, o que lhe permitiu adquirir um profundo conhecimento da realidade eclesial e social da América Latina.
Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.
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