Os festejos em honra de Santo António animam a cidade de Lisboa, conforme destacou o reitor da igreja dedicada ao santo. Segundo Frei Jorge Marques, estes dias são marcados por intensa celebração, regozijo popular e profunda piedade dos fiéis que acorrem ao templo.

O sacerdote franciscano observou que a igreja tem recebido um grande número de pessoas, principalmente da área metropolitana de Lisboa e de outras regiões do país, que viajam especificamente para participar das comemorações. As missas registam lotação máxima, com fiéis a ocupar todo o espaço disponível.

Um dos pontos altos das celebrações, após as Eucaristias e a distribuição do simbólico "Pão de Santo António", é a tradicional procissão pelas vielas de Alfama. Frei Jorge Marques descreveu o cortejo como um momento único, no qual a imagem de Santo António convida outros padroeiros locais a unirem-se à caminhada, criando uma atmosfera de grande júbilo, mesmo entre os aromas remanescentes dos festejos da noite anterior.

As bandas filarmónicas ditam o compasso, enquanto os participantes expressam a sua fé através de cânticos e orações. O reitor salientou que as pessoas se aproximam de Santo António com as suas histórias de vida, partilhando alegrias, mas também apresentando preocupações, doenças de familiares e outras aflições, procurando paz e esperança na intercessão do santo.

Frei Jorge Marques referiu que Santo António é visto como um "santo de assistência geral", acessível para diversas necessidades, ao contrário de outros santos com intercessões mais específicas. A antiga oração do "responso a Santo António", datada do século XIII, continua a ser rezada com grande fervor, e os pedidos de ajuda são depositados em recipientes na igreja.

A partilha do "Pão de Santo António" simboliza a importância do alimento e da solidariedade. O reitor explicou que as doações associadas a este gesto são direcionadas para auxiliar concretamente famílias e indivíduos necessitados, com a distribuição regular de alimentos e apoio no pagamento de despesas essenciais, reconhecendo, contudo, que esta ajuda não resolve a totalidade dos problemas de pobreza.

As Festas de Santo António de 2025 decorreram entre 30 de maio e 13 de junho. Santo António, nascido em Lisboa em 1195 e falecido em Pádua em 1231, foi rapidamente canonizado e posteriormente proclamado Doutor da Igreja por Pio XII em 1946.