6 dados que talvez não conhecia sobre Nossa Senhora Auxiliadora
Este artigo é o do site Aci Digital Para ler o artigo original clique aqui! Por Redação central 24 de mai de 2025 às 01:00
Irmã Beta Almendra, religiosa comboniana, fala do fascínio que a levou a atravessar o mar ao encontro de novas realidades
Lisboa, 24 mai 2025 (Ecclesia) – A irmã Beta Almendra, missionária comboniana há 30 anos, falou à Agência ECCLESIA da sua “paixão” pela educação e promoção das meninas, no Sudão do Sul, o mais jovem país do mundo.
“A minha luta é promover estas jovens, porque a realidade é muito dura, a realidade é muito injusta para as mulheres”, refere a religiosa portuguesa, que já foi missionária também no Quénia.
No Sudão do Sul desde 2021, a irmã Berta Almendra refere quem tem vindo a aprender muito sobre a realidade local, na segunda maior cidade do país, Wau, onde se dedica à área da Educação.
“Vou aprendendo, vou percebendo e vou ajudando. Esta é a minha grande paixão: ajudar essas jovens, essas meninas a estudar, a ir até à universidade para terem um bom emprego, uma boa educação, para poderem ajudar também a sua família”, refere.
A religiosa é conhecida, carinhosamente, como a “irmã das meninas” e justifica esta dedicação com a necessidade de combater uma desigualdade “enorme” entre homens e mulheres.
Natural da Ericeira, a missionária portuguesa refere que, desde cedo, sentiu o desejo de “descobrir o que há do outro lado do mar” e que as imagens da fome na Etiópia foram o morto da vontade de trabalhar junto das crianças africanas.
“Temos hospitais, escolas, promoção da mulher, trabalho na pastoral, respondemos a uma necessidade da sociedade”, observa.
A entrevistada sublinha que são as Missionárias Combonianas a assegurar os cuidados de saúde em Wau, gerindo “o único hospital que funciona” na cidade, um serviço aberto a toda a população.
Na Educação, o cenário é semelhante: “Nas escolas públicas, o governo do Sudão do Sul não paga os professores há um ano e meio”.
O trabalho missionário implica a convivência com religiosas de outras nacionalidades, num sinal de unidade.
“Vivemos a internacionalidade e é um testemunho para as pessoas, especialmente quando estamos em conflito. Nós somos diferentes ‘tribos’, estamos juntas, podemos estar juntas e vivemos em paz”, assinala.
Em fevereiro de 2023, o Sudão do Sul recebeu uma visita do Papa Francisco, de caráter ecuménico, vivida como um momento de esperança para o país, ainda a tentar sair da guerra civil.
“As pessoas perguntavam-se: como é possível todos estarmos aqui, todas as tribos estarmos aqui, na cidade de Juba, na capital, e estarmos todos contentes, felizes e em paz?”, recorda a missionária portuguesa.
Quatro anos antes, Francisco tinha recebido em Roma os líderes políticos do Sudão do Sul, a quem beijou os pés, num gesto inédito, para pedir a paz.
“Desde este gesto, eles comprometeram-se realmente pela paz”, refere a irmã Beta Almendra, sublinhando que persistem “dificuldades” no terreno, particularmente nos locais de fronteira entre tribos.
Também em 2023, a religiosa viveu uma experiência “única”, com quatro jovens sul-sudanesas na JMJ de Lisboa, onde puderam testemunhar a universalidade do catolicismo.
A irmã Beta Almendra recorda, nesta entrevista, o “primeiro contacto” com África, no Quénia, onde chegou “cansada de computadores, da cidade”.
“O encontro com outras culturas, com outros povos, foi muito bonito”, assinala, ao falar do contacto com povos nómadas e aldeias que “nunca tinham visto um branco”.
A África é muito grande e tem esta diversidade, de um lado para o outro encontram-se diferentes tribos, diferentes costumes, tradições. O nosso papel realmente é respeitar, conhecer, amar, vamos conhecendo algumas coisas que não são tão boas e podemos fazer de maneira diferente.”
A experiência missionária ensinou a religiosa a ter “muita paciência, muita paciência com o tempo africano” e deixou uma convicção profunda: “Se não temos loucura, não somos felizes no nosso dia a dia”.
O regresso ao Sudão do Sul está marcado para 15 de agosto, sem medo da guerra e de todos os problemas que afetam o país.
“Sou muito feliz e tenho essa loucura pelas raparigas, pelas jovens, pelas mulheres, que me dá vida”, conclui a irmã Beta Almendra.
A missionária portuguesa é convidada do Programa ECCLESIA que vai ser emitido este domingo, na Antena 1 da rádio pública (06h00), assinalando o Dia de África.
OC
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