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27 de mar de 2025 às 13:41
Cerca de 500 padres designados em 2016 pelo papa Francisco como Missionários da Misericórdia com a missão de pregar e levar a mensagem da reconciliação pelo mundo se reunirão em Roma entre amanhã (28) e domingo (30) como parte do Jubileu da Esperança.
Será o sexto grande evento do Ano Santo. Segundo o Vatican News, serviço oficial de notícias da Santa Sé, o papa Francisco não poderá comparecer devido à sua convalescença na Casa Santa Marta, sua residência no Vaticano, depois de 38 dias internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli por problemas pulmonares.
Francisco deve enviar uma mensagem escrita para dar sua bênção a esses padres, que vêm de Brasil, Itália, EUA, Polônia, Espanha, França, México, Alemanha, Eslováquia, Filipinas, Bangladesh, Ucrânia, Colômbia e Índia, entre outros.
“O perdão como fonte de esperança”
O Jubileu dos Sacerdotes instituídos como Missionários da Misericórdia começa amanhã (28) às 10h (6h no horário de Brasília) com um culto de oração na Aula Paulo VI, no Vaticano, marcando a abertura do IV Encontro Missionário Mundial. Organizado pelo Dicastério para a Evangelização da Santa Sé, esse evento bienal se vai concentrar no perdão como fonte de esperança e consistirá em duas sessões.
A primeira, de caráter teológico, será apresentada às 10h30 pelo pró-prefeito do dicastério, dom Rino Fisichella, enquanto o segundo, a partir das 12h, será apresentado às 16h30, vai dar diretrizes para o trabalho pastoral dos missionários.
Às 16h, está programada para começar na basílica de Sant’Andrea della Valle a 12ª edição das 24 Horas do Senhor, evento reservado exclusivamente aos padres Missionários da Misericórdia.
Essa iniciativa quaresmal de oração e reconciliação, promovida pelo papa Francisco desde 2013, também será celebrada em todas as dioceses do mundo na véspera do Quarto Domingo da Quaresma, entre amanhã (28) e sábado (29).
Nesta edição, que faz parte do Jubileu 2025, o papa escolheu o tema “Tu és a minha esperança” (cf. Sl 71,5), que busca destacar a importância do sacramento da reconciliação (a confissão) no centro da vida pastoral da Igreja.
O Dicastério para a Evangelização da Santa Sé também pôs à disposição materiais gratuitos em seu site para que paróquias e comunidades cristãs celebrem essa liturgia em comunidade.
No sábado (29), entre 9h e 11h, os missionários terão a oportunidade de fazer uma peregrinação à porta Santa da basílica de São Pedro, no Vaticano. Depois, eles vão se reunir para rezar o terço na gruta de Lourdes, nos Jardins do Vaticano.
O Jubileu dos Sacerdotes instituídos como “Missionários da Misericórdia” terá seu evento principal no domingo (30), com uma missa celebrada por dom Rino Fisichella na Basílica de Sant’Andrea della Valle, às 10h. À tarde, haverá o quinto concerto da série Jubileu é Cultura com o concerto sinfônico gratuito Missa Papae Francisci, em homenagem ao maestro Ennio Morricone.
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A música sacra do renomado artista, que morreu aos 91 anos em julho de 2020, estará no centro do repertório com a Missa Papae Francisci, que estreou em 2015 por ocasião do 200º aniversário do restabelecimento da Companhia de Jesus na Igreja do Gesú, em Roma, sede espiritual dos jesuítas.
O papa não pôde comparecer à estreia, mas recebeu o artista e sua mulher alguns dias antes. O concerto continuará com outras peças significativas de Morricone, como Via Crucis (1990), Ave Maria Coelorum (1995) e Cantata Narrazione (2003).
A ideia dos Missionários da Misericórdia surgiu em maio de 2015, quando a Santa Sé, por meio de dom Rino Fisichella, então presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, fez um chamado para selecionar padres que atendessem a certos requisitos, como serem pregadores convincentes da misericórdia de Deus; serem arautos da alegria do perdão; serem confessores acessíveis, gentis e compassivos, e também ter uma carta de apresentação de seu bispo, confirmando sua adequação para esse ministério.
No ano seguinte, em 2016, o Jubileu da Misericórdia marcou um marco na história desse grupo. Naquele ano, a Santa Sé escolheu 1.142 padres de todo o mundo para serem os primeiros Missionários da Misericórdia. Na Quarta-feira de Cinzas, em 10 de fevereiro de 2016, eles foram enviados numa missão especial pelo papa Francisco.
Os chamados padres Missionários da Misericórdia são um grupo especial de padres que têm o poder de perdoar certos pecados graves que normalmente são reservados à Santa Sé, como: ordenação não autorizada de um bispo (tanto do ordenante quanto do ordenado); profanação da Eucaristia (sacrilégio contra o pão e o vinho consagrados); violação do segredo da confissão por um confessor; apostasia, heresia ou cisma (rejeição ou abandono da fé católica) ou conspiração ou violência contra o papa.
Esses missionários fazem parte do Dicastério para a Evangelização da Santa Sé e são de várias partes do mundo. O trabalho deles não se limita a uma diocese específica; eles são enviados para diferentes lugares para levar o perdão e a misericórdia de Deus a todos os fiéis. A cada dois anos, eles devem viajar a Roma para receber treinamento contínuo e manter um relacionamento próximo com o papa.
Atualmente, há cerca de 1.258 sacerdotes instituídos nesse ministério, segundo dados publicados pelo Vatican News.