Moçambique: Igreja apela para que 50 anos de independência inaugurem ‘nova era’ de paz

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25/jun/2025

Os bispos católicos de Moçambique pediram que a celebração dos 50 anos de independência do país, assinalada a 25 de junho de 2025, sirva como ponto de partida para um período de paz renovada. Numa nota pastoral intitulada «Reconciliação e Esperança: Caminho para a Paz e Unidade», os prelados afirmaram que este jubileu não deve ser apenas uma recordação histórica, mas sim a base para um futuro assente na paz e na fraternidade. Destacaram que a paz e a unidade são aspirações profundas do povo moçambicano. O país, que enfrentou desafios históricos significativos, incluindo a luta pela liberdade, anos de conflito civil e subsequentes dificuldades económicas, deve continuar a procurar caminhos para a harmonia e a recuperação. Os bispos reconheceram que a nação carrega cicatrizes profundas do seu passado, referindo que o impacto de vários conflitos ainda afeta muitos cidadãos. Salientaram a necessidade de um compromisso real com a cura e a reconciliação para superar estas feridas duradouras. Mencionando a luta pela independência e a longa guerra civil, descreveram o imenso sofrimento, a perda de vidas, as divisões e as injustiças infligidas às comunidades, que continuam a ser fonte de dor para muitas famílias. Apontaram que mesmo após os acordos de paz de 1992, novos surtos de violência, como a insurgência em Cabo Delgado e tensões pós-eleitorais recentes, demonstram que as questões subjacentes dos conflitos passados não foram totalmente resolvidas. A mensagem concluiu com um apelo a todos os moçambicanos, independentemente da sua origem, fé ou afiliação política, para contribuírem ativamente na construção de um futuro onde o perdão supere a amargura. Enfatizaram a importância de ações concretas para reparar divisões e fortalecer laços nacionais. A cerimónia principal do 50º aniversário acontece em Maputo, com a presença do Presidente da República, Daniel Chapo, e outros líderes internacionais.

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