A partir de hoje (13), a liturgia da Igreja celebra o Tempo Comum, um tempo “primordial” e que não pode ser visto como “de menos importância”, disse à ACI Digital em 2024 o doutor em Liturgia, padre Geraldo Dias Buziani, da arquidiocese de Mariana (MG). Trata-se, disse o sacerdote, de um tempo em que o “mistério de Cristo é celebrado na sua globalidade”.

Segundo as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, “no decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de Cristo. Cada semana, no dia chamado domingo, dia do Senhor, ela recorda a ressurreição do Senhor, que celebra também uma vez por ano, com a bem-aventurada Paixão na solenidade máxima da Páscoa. Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os aniversários dos santos”.

“O Tempo Comum tem sua origem no domingo como celebração da Páscoa semanal. Por isso, não podemos entendê-lo como tempo de menos importância em relação aos dois outros grandes ciclos, que são Advento-Natal-Epifania e Quaresma-Páscoa-Pentecoste. Ele é o tempo primordial, justamente por que está na origem do mistério que a gente celebra”, disse o padre Buziani, pároco de Nossa Senhora da Assunção, a catedral de Mariana, diretor de estudos e professor de Liturgia no Instituto de Teologia São José, da arquidiocese de Mariana.