Enquanto fiéis locais se juntam a partes da Peregrinação Eucarística Nacional de 2025 em seu percurso pelos Estados Unidos, um grupo de oito jovens católicos dedicou as últimas semanas a percorrer todo o trajeto como “Peregrinos Perpétuos” — e, ao lado deles, viajam sete capelães que se revezam para oferecer orientação espiritual.

A diretora de peregrinos para o Congresso Eucarístico Nacional informou que cinco sacerdotes e dois irmãos religiosos têm se alternado durante a jornada. Três iniciaram a peregrinação com os jovens e quatro estão programados para concluir a caminhada em Los Angeles em 22 de junho.

Os capelães sacerdotes incluem Frades Franciscanos Capuchinhos e Frades Franciscanos da Renovação. Os irmãos religiosos são ambos dos Frades Franciscanos da Renovação.

Segundo a diretora, muitos capelães comentaram que a natureza da peregrinação, com sua flexibilidade e adaptabilidade à aventura com Jesus, é muito franciscana.

A seleção dos capelães baseou-se em diversos critérios. Alguns se voluntariaram por “sentirem o chamado”, enquanto outros foram convidados com base na avaliação dos organizadores de que seriam “adequados” para a missão. A partir daí, a equipe da peregrinação, os capelães e seus superiores coordenaram a logística do cronograma.

Os capelães estão geralmente baseados em locais distintos, mas viajaram para participar desta vivência, alguns inclusive vindo de outros países.

Durante a viagem, os capelães desempenham várias funções. Uma parte essencial é o cuidado pastoral da equipe. Alguns auxiliaram em um retiro preparatório em fevereiro e em um “dia de recolhimento” antes do início da peregrinação em Indianápolis.

Na estrada, eles administram confissões, proferem homilias, oferecem reflexões e se engajam na evangelização. Também auxiliam com a música em muitas procissões, liderando o louvor em inglês e espanhol.

As tarefas diárias incluem orar com a equipe, realizar orações de proteção espiritual e lidar com quaisquer preocupações pastorais que surjam. Além disso, uma segunda função crucial é ajudar a levar a Eucaristia ao público em geral.

Dois dos padres Capuchinhos compartilharam suas impressões e tempo com os peregrinos.

O Padre Christopher Iwancio, OFM Cap, que auxiliou no retiro prévio à partida, contou que, para acalmar os peregrinos, lembrou-lhes que “até mesmo os discípulos sentiram o mesmo nervosismo” e incerteza. Ele enfatizou a importância de equilibrar a experiência espiritual do encontro com Jesus com os aspectos práticos do dia a dia.

Ele descreveu a preparação logística, incluindo a organização da van, que serve como uma “capela portátil” com um sacrário anexo, e o trailer, que funciona quase como uma sacristia. Padre Christopher ressaltou a necessidade dos peregrinos cuidarem de si mesmos e encontrarem equilíbrio entre “estar presente com Jesus” e as questões operacionais, comparando a abordagem à de Marta e Maria.

Ele elogiou o grupo de jovens, destacando a diversidade de talentos e a forma como cada um contribui com dons distintos para a experiência. Padre Christopher planeja se juntar ao grupo novamente perto do final da peregrinação, ansioso para “trazer esperança durante o ano jubilar”.

O Padre Michael Herlihey, OFM Cap, diretor vocacional em sua província, sentiu que era importante para ele, como sacerdote no primeiro ano, passar tempo com Jesus na Eucaristia. Ele expressou admiração pelos oito jovens por se afastarem de suas vidas para serem evangelizadores eucarísticos por cinco semanas.

Padre Michael também conduziu o retiro inicial e acompanhou os peregrinos nos primeiros 10 dias. Ele refletiu sobre a jornada, destacando a “intencionalidade com que os peregrinos formam uma família” como um dos aspectos mais poderosos.

Durante seu tempo na peregrinação, ele testemunhou a Eucaristia viajando em um barco, um helicóptero e uma van, considerando “legal pensar em um helicóptero sendo um sacrário temporário” ou um barco “sendo um vaso temporário carregando Jesus”.

Um momento particularmente memorável foi a travessia do Rio Mississippi em um barco de pesca com Jesus, vendo a multidão esperando na margem. Ele brincou que isso seria tema de homilias por décadas e lhe deu uma nova compreensão de Jesus entrando no barco para se afastar das multidões e orar.

Padre Michael também mencionou desafios, como encontrar manifestantes anti-católicos, que inicialmente eram poucos, mas cresceram para grupos de cerca de 50 pessoas. Refletindo sobre uma homilia pré-peregrinação onde o Espírito Santo o impeliu a falar sobre “abraçar a cruz”, ele percebe agora, semanas depois, como essa mensagem foi profética, pois os peregrinos estão “carregando sua cruz em meio a um martírio branco” com os contra-protestos.

Outra dificuldade que o “entristeceu” foi não poder levar a Eucaristia a mais lugares. No entanto, ele teve uma percepção: “Nós recebemos Jesus em nossos corpos na Missa, e assim todos nos tornamos sacrário”. Ele concluiu que o Senhor deseja que Seu corpo e sangue viajem por todos os escritórios, escolas e lares, fazendo das pessoas Seus próprios sacrários.

Padre Michael espera que as pessoas compreendam que os sacerdotes e peregrinos não estão apenas trazendo um sacramento, mas “trazendo dois”. Ele compartilhou que chegou a ouvir confissões por três horas na fila de procissão enquanto caminhava por Iowa.

Os capelães continuarão a levar os sacramentos às pessoas no Texas, Novo México e Califórnia, à medida que a peregrinação se aproxima de sua conclusão nas próximas duas semanas.