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16 de mar de 2025 às 10:06
O papa Francisco publicou uma mensagem pelo Ângelus de hoje (16), do Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma. Ele reconheceu que está “passando por um período de provação” como tantos outros doentes aos quais se uniu na fragilidade.
“Compartilho com vocês esses pensamentos, pois estou passando por um período de provação e me uno a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, neste momento, como eu”, disse.
“O nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança”, acrescentou.
Esse é o quinto domingo consecutivo em que Francisco, de 88 anos, cuja condição clínica permanece estável, não reza o Ângelus com os fiéis e envia um texto escrito.
No pátio do hospital, onde está uma imponente estátua de são João Paulo II, que foi internado no Gemelli em até nove ocasiões, um grupo de crianças se reuniu às 12h (horário local) para a oração mariana.
O papa lhes agradeceu por suas orações e expressou seu desejo de poder encontrá-las em breve.
“Sei que muitas crianças estão rezando por mim; algumas delas vieram ao Gemelli hoje como um sinal de proximidade. Obrigado, queridas crianças! O Papa ama vocês e espera sempre encontrá-las”, disse.
O papa Francisco, que ontem (14) completou um mês de internação com pneumonia bilateral, da qual está se recuperando gradualmente, também agradeceu aos profissionais de saúde que estão cuidando dele ininterruptamente.
“Agradeço a todos vocês por suas orações e agradeço àqueles que me assistem com tanta dedicação”, disse.
Neste segundo domingo da Quaresma, o papa Francisco também comentou sobre o Evangelho do dia que narra a Transfiguração de Jesus (Lucas 9,28-36).
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“Ao subir no alto de uma montanha com Pedro, Tiago e João, Jesus se recolhe em oração e se torna radiante de luz. Dessa forma, Ele mostra aos discípulos o que está por trás dos gestos que realiza no meio deles: a luz do seu amor infinito”, disse.
O papa usou essa imagem do amor infinito de Deus em sua mensagem para elogiar todos os hospitais e centros de saúde, expressão máxima do serviço e da entrega gratuita, nos quais “brilha muita luz”.
“Quanto cuidado amoroso ilumina os quartos, os corredores, as clínicas, os locais onde se realizam os serviços mais humildes”, disse.
Francisco exortou a “louvar o Senhor, que nunca nos abandona e que, nos momentos de dor, coloca ao nosso lado pessoas que refletem um raio do seu amor.”.
O papa usou sua mensagem para pedir orações “pela paz”. Especialmente por todos os “países feridos pela guerra”. Citou, em particular, a Ucrânia, a Palestina, Israel, o Líbano, Mianmar, o Sudão e a República Democrática do Congo.
Também pediu orações pela Igreja, que é “chamada a traduzir em escolhas concretas o discernimento feito na recente Assembleia Sinodal”.
“Agradeço à Secretaria Geral do Sínodo, que nos próximos três anos acompanhará as Igrejas locais nessa tarefa”, disse.
A decisão estratégica do papa Francisco de dar luz verde ao plano trienal que dará continuidade às principais conclusões adotadas no Sínodo da Sinodalidade, concluído em outubro do ano passado, foi divulgada ontem.
O secretário do sínodo, cardeal Mario Grech, disse que o papa Francisco lhe escreveu em 11 de março, dois dias antes do 12º aniversário de seu pontificado, para autorizá-lo a comunicar aos bispos este plano que marcará o presente e o futuro da Igreja, independentemente de quem será o papa.
Segundo as últimas atualizações da Sala de Imprensa da Santa Sé, os médicos notaram uma melhora significativa na saúde do papa Francisco. No entanto, ainda não foi definida uma data para que ele receba alta do hospital.