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27 de jan de 2025 às 09:41
O papa Francisco disse ontem (26), por ocasião do Dia Internacional da Memória do Holocausto, celebrado hoje (27), que o horror do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, Polônia “não pode ser esquecido nem negado”.
Ao falar ontem depois da oração do Ângelus no domingo, o papa disse que este ano marca 80 anos da libertação do campo de concentração e extermínio nazista alemão.
“O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante aqueles anos não pode ser esquecido nem negado”, disse ontem (26) Francisco.
O papa Francisco disse que muitos cristãos também foram mortos em campos de concentração nazistas, “entre eles muitos mártires”.
“Renovo o meu apelo para que todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo, juntamente com todas as formas de discriminação e perseguição religiosa. Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos, na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, disse o papa.
Ao falar sobre conflitos em curso, Francisco citou a crise no Sudão, que começou em abril de 2023, descrevendo-a como “a mais grave crise humanitária do mundo, com consequências dramáticas também no Sudão do Sul”.
“Estou próximo dos povos dos dois países e convido-os à fraternidade, à solidariedade, a evitar qualquer tipo de violência e a não se deixarem instrumentalizar”, disse o papa Francisco.
O papa pediu às partes em guerra para que “cessem as hostilidades e aceitem sentar-se à mesa das negociações”, ao exortar a comunidade internacional a apoiar negociações de paz e facilitar a ajuda humanitária.
Francisco também disse estar preocupado com a situação na região de Catatumbo, na Colômbia, onde conflitos armados forçaram mais de 30 mil pessoas a deixar suas casas.
“Expresso-lhes a minha proximidade e rezo”, disse o papa Francisco ao falar sobre a necessidade de uma resolução pacífica.
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Em sua meditação antes do Ângelus, o papa fez uma reflexão sobre a passagem do Evangelho de são Lucas que descreve a visita de Jesus à sinagoga em Nazaré.
Francisco disse que os católicos podem às vezes estar “próximos demais” de Jesus para reconhecer sua verdadeira identidade como Salvador, ao traçar um paralelo que ressoa particularmente em culturas tradicionalmente católicas.
“Crescemos com ele, na escola, na paróquia, na catequese, num país de cultura católica… E assim, para nós, ele é uma Pessoa próxima, ou melhor, ‘demasiado’ próxima”, disse o papa Francisco, ao traçar paralelos entre a reação dos contemporâneos de Jesus e dos fiéis modernos.
“Irmãs e irmãos, este acontecimento, com as devidas analogias, também se verifica conosco hoje. Também nós somos interpelados pela presença e pelas palavras de Jesus; também nós somos chamados a reconhecer n’Ele o Filho de Deus, o nosso Salvador”, disse o papa.
Francisco fez um desafio direto aos fiéis: “Sentimos a autoridade única com que Jesus de Nazaré fala? Reconhecemos que Ele é portador de um anúncio de salvação que mais ninguém nos pode dar?”
Ao conectar sua reflexão ao atual ano jubilar, o papa Francisco disse que só quando os fiéis reconhecem sua necessidade de salvação este pode realmente se tornar um “ano de graça”. Esse reconhecimento, disse o papa, é essencial para experimentar o significado pleno da celebração do jubileu.
Francisco falou também sobre o Dia Mundial da Lepra, ao encorajar todos a integrar os portadores dessa doença na sociedade. Seu apelo falou sobre a necessidade contínua de inclusão social e apoio aos afetados pela doença.
Antes de concluir, Francisco saudou os profissionais de mídia que vieram a Roma para participar do Jubileu do Mundo das Comunicações , encorajando-os a “serem sempre narradores de esperança”.
O papa Francisco concluiu ao encorajar os católicos a se voltarem para Maria, “Mãe de Deus e nossa mãe”, pedindo a ajuda dela para reconhecer Jesus e evitar se escandalizar com sua humanidade e amor pelos pobres.
O papa deu a bênção final, como de costume, depois de liderar os fiéis na oração do Ângelus na praça de São Pedro, no Vaticano.