“O amor vale mais do que a inteligência”, disse o papa Francisco citando o filósofo francês Jacques Maritain (1882-1973) em mensagem aos líderes participantes da Cúpula de Ação sobre Inteligência Artificial, que ocorreu ontem (10) e hoje (11), em Paris, França.
Maritain, amigo próximo do papa são Paulo VI, é o criador da ideia de humanismo integral e um dos pensadores que mais influenciou o catolicismo no século XX, especialmente no Concílio Vaticano II (1962-1964).
O papa reiterou sua posição de que as inovações tecnológicas devem, em última instância, servir e defender a humanidade.
O papa em sua mensagem divulgada hoje (11) disse estar preocupado de que uma ênfase excessiva em dados e algoritmos pode manipular perigosamente a verdade e minar a criatividade humana.
“Na minha mais recente carta encíclica Dilexit nos, fiz uma distinção entre a operação dos algoritmos e o poder do 'coração' ”, disse o papa.
“Peço a todos os participantes da cúpula de Paris que não se esqueçam de que só o 'coração' humano pode revelar o sentido da nossa existência”.
A cúpula de dois dias, coorganizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Grand Palais, em Paris, reuniu centenas de autoridades governamentais, executivos empresariais, cientistas e artistas para discutir o impacto da inteligência artificial (IA) na governança global e na economia.
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O secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé, dom Paul Richard Gallagher, foi um dos palestrantes convidados no painel de discussão do encontro internacional ontem (10) sobre o tema “Aproveitando a IA para o futuro do trabalho”.
Em sua mensagem, o papa pediu aos participantes da cúpula que tenham “coragem e determinação” para defender a humanidade por meio de seu trabalho.
Francisco disse que os líderes globais não devem usar a IA para impor “modelos antropológicos, socioeconômicos e culturais uniformes” que reduzam a realidade a “números” e “categorias predeterminadas”.
Descrevendo a IA como “uma ferramenta poderosa” que pode encontrar soluções inovadoras para promover a sustentabilidade ambiental, o papa Francisco também falou sobre seu potencial de minar as relações humanas e prejudicar ainda mais as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.
“Nesse sentido, confio que a cúpula de Paris trabalhará pela criação de uma plataforma de interesse público sobre inteligência artificial, para que cada nação possa encontrar na inteligência artificial um instrumento para seu desenvolvimento e sua luta contra a pobreza, mas também para a proteção de suas culturas e línguas locais”, disse o papa.
O papa concluiu sua mensagem reafirmando seu chamado por uma abordagem centrada na pessoa para o uso da IA, dizendo: “Nosso desafio final sempre será a humanidade. Que nunca percamos isso de vista!”
Kristina Millare é jornalista freelance com experiência profissional em comunicação no setor de ajuda humanitária e desenvolvimento, jornalismo de notícias, marketing de entretenimento, política e governo, negócios e empreendedorismo.
A reabertura, ao término da oração do Regina Caeli, contou com a presença do camerlengo Farrell, do secretário de Estado Parolin, do substituto Peña Parra,
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