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Patriarca Bartolomeu, Leonardo Boff, REPAM e ‘Movimento Laudato si’ foram os distinguidos

Cidade do Vaticano, 03 jun 2025 (Ecclesia) – A Ordem dos Frades Menores (OFM) distinguiu com o Prémio ‘Laudato Si’ o patriarca ecuménico de Constantinopla, o teólogo brasileiro Leonardo Boff, a Rede Eclesial Pan-Amazónica (REPAM) e o Movimento internacional Laudato si’, na Universidade Pontifícia Antonianum, em Roma.

“Se não houver uma verdadeira conversão do homem, a crise ecológica não poderá ser resolvida. Toda ação humana que prejudica o meio ambiente deve ser considerada um pecado grave”, disse Bartolomeu I, patriarca ecuménico de Constantinopla, na sessão de entrega do prémio, no dia 29 de maio, citado pelo portal online ‘Vatican News’.

O portal de notícia do Vaticano, informa que na entrega do Prémio ‘Laudato Si’, da Ordem dos Frades Menores (OFM), foi destaca a importante liderança ecológica do patriarca Bartolomeu I (Igreja Ortodoxa) e a inspiração que representou para o Papa Francisco na Encíclica Laudato Si, que publicou há 10 anos, e a instituição do ‘Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação’ na Igreja Católica, celebrado no dia 1 de setembro.

“É uma grande honra receber este reconhecimento pelo trabalho em prol da ecologia integral. Somos testemunhas da violação da natureza, abusada não para satisfazer as necessidades humanas fundamentais, mas os desejos cada vez maiores da humanidade, alimentados pela filosofia dominante da sociedade de consumo”, acrescentou o líder religioso.

O patriarca ecuménico de Constantinopla recordou que desde a sua eleição, em 1991, têm “enfatizado o caráter espiritual da crise ambiental e convidado a redescobrir uma visão eucarística da criação”, com o objetivo de sensibilizar cristãos e não cristãos para o problema ambiental ligado à justiça social, mas, ao longo da história, “o homem – e, por vezes, também as Igrejas – ainda não compreendeu plenamente o vínculo intrínseco e permanente entre o Criador, a criação e as criaturas”.

Os frades Franciscanos premiaram também o teólogo brasileiro Leonardo Boff, a REPAM – Rede Eclesial Pan-Amazónica – e o Movimento internacional Laudato Si’, numa cerimónia que se realizou próxima de três datas significativas: o 800 anos do Cântico das Criaturas, o 10º aniversário da encíclica Laudato Si’, e o 1700 anos do primeiro Concílio Ecuménico de Nicéia.

“Os prémios que entregamos não são simples reconhecimentos, mas símbolos de um chamamento universal à conversão ecológica. Cada premiado representa uma dimensão única desse compromisso comum”, disse o ministro geral da OFM, frei Massimo Fusarelli, que convidou a” reconhecer a criação como um dom de Deus e louvá-la junto com todas as criaturas”.

O teólogo Leonardo Boff afirmou que “a grande tarefa é passar de ‘patrões e proprietários’ que exploram a natureza até a exaustão, a ‘irmãos e irmãs’ que se tratam mutuamente como tal”.

“O cuidado é a carícia cristã para com todos os seres da natureza”, acrescentou o antigo religioso franciscano.

A diretora-executiva do Movimento Internacional Laudato Si (MLS) explicou que se “está diante de uma reviravolta ecológica que se transformou em uma crise generalizada de consciência”.

“Como pessoas de fé, devemos nos unir para transformar este momento sombrio em um Kairós, um tempo favorável oferecido por Deus”, acrescentou Lorna Gold, que assumiu este ano a direção executiva desta iniciativa católica global pelo clima.

O bispo do Vicariato Apostólico de Puyo (Equador), D. Rafael Cob García, evocou o Ano Jubilar 2025 ao receber o prémio ‘Laudato Si’ em nome da Rede Eclesial Pan-Amazónica, a REPAM tem uma extensão de 7,8 milhões de km2 que é composta por nove países da região pan-amazónica: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Britânica, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

CB/OC

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