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5 de fev de 2025 às 15:05
O Sodalício de Vida Cristã (SCV, na sigla em latim) informou que monsenhor Jordi Bertomeu, do dicastério para a Doutrina da Fé, será responsável pelo processo de dissolução da sociedade de vida apostólica.
Em comunicado datado de 1º de fevereiro, o SCV diz que o papa Francisco nomeou monsenhor Bertomeu comissário apostólico para levar a cabo o processo de dissolução “que começará nos próximos dias”.
O padre espanhol, junto com o arcebispo de Malta, dom Charles Scicluna, vice-secretário do Dicastério para a Doutrina da Fé, fez parte da missão especial que o papa enviou ao Peru, onde o SCV foi fundado, em julho de 2023 para investigar acusações contra membros do Sodalício por abuso sexual e de poder.
Depois da investigação, Francisco ordenou em agosto do ano passado a expulsão de Luis Fernando Figari, fundador do Sodalício, que a Santa Sé puniu em 2017 por abuso sexual. Em setembro e outubro, a Santa Sé anunciou a demissão de outros 14 membros, sem, em alguns casos, divulgar os motivos pelos quais os membros foram punidos.
Em 31 de janeiro, ao fim de sua VI Assembleia Geral em Aparecida (SP), a SCV disse que o papa decidiu dissolver a sociedade de vida apostólica.
O decreto da Santa Sé dizendo as razões da dissolução do Sodalício não foi divulgado.
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Segundo o site Infovaticana, o documento “refere-se à imoralidade do fundador, Luis Fernando Figari, como indício da inexistência de um carisma fundador e, portanto, da falta de legitimidade eclesial para a permanência da instituição”.
Em sua declaração de 1 de fevereiro, a SCV manifestou a sua “adesão às decisões do Santo Padre” e disse que vai colaborar “da melhor forma possível nesse processo”.
O Sodalício também “dissociou-se de qualquer publicação e/ou manifestação pública que vá contra o Santo Padre ou os delegados nomeados pela Santa Sé”.
Monsenhor Bertomeu está em Lima, Peru, e celebrou uma missa no domingo (2) na paróquia de Nossa Senhora da Reconciliação, administrada pelo Sodalício desde 1989.
Em seu discurso de abertura, o padre disse que o processo de supressão é para “tudo o que Figari fundou”, o que inclui o Movimento de Vida Cristã, os Servos do Plano de Deus e a Fraternidade Mariana da Reconciliação.
Segundo o monsenhor Bertomeu, o papa Francisco lhe disse que depois de um longo período de discernimento chegou à conclusão de que “não havia carisma inicial” e que Figari “não recebeu uma graça especial”.