O padre José Antônio Maria Ibiapina foi declarado venerável hoje (31) graças à autorização dada pelo papa Francisco para a publicação do decreto que reconhece suas virtudes heroicas. Advogado, político e padre cearense, Ibiapina ficou conhecido como “Apóstolo do Nordeste”.
O anúncio foi feito pelo bispo de Guarabira (PB), dom Aldemiro Sena, na Rádio Integração FM, na manhã de hoje, ao falar de sua alegria e da diocese por esse reconhecimento. O pediu que todas as igrejas da dioceses tocassem os sinos hoje às 12h em comemoração por esta notícia.
Segundo a diocese de Guarabira, o padre Ibiapina “foi reconhecido como venerável por sua existência exemplar, por ter vivido uma fé intensa, alimentada pela oração constante e pela Eucaristia e evidenciada por sua constante confiança em Deus e em sua Providência em cada escolha de vida”.
“A fama de santidade que o acompanhou durante sua vida continuou após sua morte, acompanhada de testemunhos de graças”, acrescentou.
O padre Ibiapina
José Antônio Maria Ibiapina nasceu em 5 de agosto de 1806, em Sobral (CE). Em 1823, entrou para o seminário de Olinda (PE), mas ficou só por três meses, por causa da morte de sua mãe. No ano seguinte, eclodiu a revolta antilusitana, contra a preponderância que os portugueses ainda tinham nos primeiros anos da independência do Brasil. O pai e irmãos do futuro padre foram presos como rebeldes. Seu pai foi executado e o irmãos condenado ao exílio. Então, José Ibiapina decidiu se dedicar aos estudos jurídicos para trabalhar e sustentar as irmãs.
Formou-se em Direito, tornou-se professor, depois magistrado e delegado de Polícia da Prefeitura de Quixeramobim (CE). Em 2 de maio de 1834, foi eleito para o Parlamento Nacional e lhe foi confiada a presidência da Comissão de Justiça Criminal. No ano seguinte, apresentou um projeto de lei para impedir o desembarque de escravos vindos da África em território brasileiro.
Como não viu o sucesso de suas tentativas de melhorar o sistema judiciário, renunciou ao cargo de juiz e, terminado seu mandato, não se candidatou mais ao Parlamento. Mudou-se para Recife para se dedicar à advocacia junto aos mais pobres.
Em 1850, abandonou a carreira jurídica e voltou a cultivar sua vocação sacerdotal. Foi ordenado padre em 1853, aos 47 anos.
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Segundo biografia publicada pela diocese de Guarabira, o padre Ibiapina exerceu v[arias tarefas na diocese da Paraíba. “Durante a epidemia de cólera entregou-se sem reservas, tanto que o povo o chamava de ‘peregrino da caridade’”.
O sacerdote fundou casas de acolhimento e assistência à saúde, educação cultural e moral, formação religiosa e profissionalizante nas regiões da Paraíba e Rio Grande do Norte. Organizou missões populares e construiu igrejas, capelas, hospitais e orfanatos.
No final de 1875, foi acometido por uma paralisia progressiva dos membros inferiores e passou a se locomover de cadeira de rodas. Seu estado de saúde foi piorando e ele morreu em 19 de fevereiro de 1883, em Santa Fé, hoje distrito da cidade de Solânea (PB), diocese de Guarabira.
Outros decretos aprovados
O papa Francisco também aprovou a publicação de decretos que dão à Igreja três novos santos e um novo beato.
Foi aprovado o milagre atribuído à intercessão do venerável servo de Deus Carmelo de Palma, padre diocesano e diretor espiritual conhecido como “herói do confessionário”. Ele nasceu em 27 de janeiro de 1876, em Bari, Itália, e morreu na mesma cidade, em 24 de agosto de 1961. Agora, será beatificado.
Foi reconhecido também o milagre atribuído à intercessão da beata Maria do Monte Carmelo, fundadora das Servas de Jesus, da Venezuela, que será canonizada. Ela nasceu em 11 de agosto de 1903, em Caracas e morreu em 9 de maio de 1977.
Também serão canonizados dom Ignazio Choukrallah Maloyan, arcebispo de Mardin dos Armênios, martirizado em 1915 no genocídio armênio pelo turcos na Primeira Guerra Mundial, e o leigo e catequista Pedro To Rot. To Rot nasceu em Rakunai, Papua Nova Guiné, em 1912 e foi morto em julho de 1945 em um campo de concentração japonês durante a Segunda Guerra Mundial.
Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.
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