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21 de jan de 2025 às 15:33
O papa Francisco falou sobre a importância de servir “a Cristo nos pobres para a renovação da Igreja” em carta ao padre Tomaž Mavrič, superior geral da Congregação da Missão, por ocasião do 400º aniversário da fundação da instituição por são Vicente de Paulo.
“Espero que as celebrações do quarto centenário destaquem a importância da concepção de São Vicente de servir a Cristo nos pobres para a renovação da Igreja de nosso tempo, no seguimento missionário e na ajuda aos necessitados e abandonados nas muitas periferias de nosso mundo e nas margens de uma cultura superficial e ‘descartável’ ”, escreveu o papa.
Na carta, assinada em 11 de dezembro do ano passado, mas publicada ontem (20), Francisco falou sobre o valor da “vida missionária” e exortou os sacerdotes e pessoas consagradas da Congregação da Missão a ajudar “nas muitas periferias de nosso mundo”.
O papa Francisco falou também sobre o “legado espiritual”, o “zelo apostólico” e o “cuidado pastoral” que são Vicente de Paulo transmitiu à Igreja universal e disse esperar que as características de seu trabalho continuem a surgir hoje para que os jovens possam se beneficiar dele.
“Rezo para que este aniversário significativo seja uma ocasião de grande alegria e fidelidade renovada ao conceito de discipulado missionário, fundado na imitação do amor preferencial de Cristo pelos pobres”, disse o papa.
Segundo Francisco, o exemplo de são Vicente pode “inspirar particularmente os jovens, que com seu entusiasmo, generosidade e preocupação pela construção de um mundo melhor, são chamados a ser testemunhas ousadas e corajosas do Evangelho entre seus coetâneos e onde quer que estejam”.
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Assim, o papa Francisco disse também que muitas pessoas fizeram sua a espiritualidade vicentina e a viveram heroicamente, seguindo os passos de são Vicente, como são João Gabriel Perboyre, são Francisco Régis Clet, são Justino de Jacobis, santa Joana Antide Thouret, santa Catarina Labouré e santa Elizabeth Anne Seton.
O papa disse também na carta que a Família Vicentina, que inclui mais de 100 ramos de sacerdotes, freis, freiras, leigos e homens, continua a fazer obras de caridade, empreender novas missões e ajudar na direção espiritual, na formação de clérigos e leigos, como a Sociedade de São Vicente de Paulo, fundada em 1833 pelo beato Frederico Ozanam, que ele definiu como “uma força extraordinária para o bem a serviço dos pobres, com centenas de milhares de membros em todo o mundo”; e as outras duas entidades vicentinas: em 1617 as “Irmandades da Caridade”, hoje conhecidas como Associação Internacional da Caridade ou Voluntariado Vicentino e, em 1633, as “Filhas da Caridade”, fundadas junto por santa Luísa de Marillac.
Segundo Francisco, as Filhas da Caridade eram uma “forma revolucionária de comunidade feminina”, já que naquela época as freiras viviam em mosteiros, enquanto são Vicente pedia a suas freiras que saíssem para cuidar dos pobres e doentes nas ruas.
À luz desse legado, surgiu a Aliança da Família Vicentina com os sem-teto, estabelecida a partir do exemplo de são Vicente, que construiu treze casas para os pobres em Paris em 1643. O objetivo da aliança é dar moradia acessível aos sem-teto.
A família religiosa foi fundada em 17 de abril de 1625, mas são Vicente considerou o dia 25 de janeiro de 1617 como a verdadeira data de seu nascimento, em memória da consciência que adquiriu quando se sentiu chamado a levar o Evangelho aos pobres.