O papa Francisco disse que acompanha com preocupação a situação na Colômbia, especialmente na região de Catatumbo, “onde os confrontos entre grupos armados causaram a morte de muitos civis e o deslocamento de mais de 30 mil pessoas”.
Desde o dia 15 de janeiro, esta zona do departamento de Norte de Santander foi novamente atingida pela violência. Segundo informações, o primeiro incidente foi o assassinato de três membros de uma família, incluindo um bebê de seis meses.
No dia seguinte, o medo chegou aos municípios de Teorama e El Tarra, onde os confrontos entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e os dissidentes das FARC obrigaram as famílias a refugiarem-se em suas casas para não serem vítimas de fogo cruzado.
Segundo a Defensoria do Povo, mais de 36 mil pessoas já deixaram suas casas em Catatumbo. A maioria fugiu para os municípios de Cúcuta, Ocaña e Tibú.
Diante desta grave situação, o papa Francisco disse depois da oração do Ângelus que expressa sua "proximidade" e orações ao povo colombiano.
Preocupação do papa Francisco com o conflito no Sudão
O papa Francisco também manifestou a sua preocupação com o conflito em curso no Sudão, que começou em abril de 2023, e “está causando a mais grave crise humanitária do mundo, com consequências dramáticas também no Sudão do Sul".
"Estou próximo dos povos de ambos os países e os convido à fraternidade, à solidariedade, a evitar qualquer tipo de violência e a não se deixarem instrumentalizar", disse.
Papa Francisco renovou seu apelo às partes em conflito no Sudão e pediu para "que cessem as hostilidades e aceitem sentar-se à mesa de negociações", exortando "a comunidade internacional a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para levar a ajuda humanitária necessária às pessoas deslocadas e ajudar os beligerantes a encontrarem rapidamente o caminho da paz".
Dia Mundial contra a Hanseníase
O papa Francisco também lembrou que hoje (26) é o Dia Mundial contra a Hanseníase.
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“Encorajo todos aqueles que trabalham em prol das pessoas afetadas por esta doença a continuarem o seu compromisso, ajudando também aqueles que foram curados a reintegrarem-se na sociedade. Que eles não sejam marginalizados”, exortou.
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Ele também recordou que amanhã (27) é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Esta data marca o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz. “O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões, ocorrido naqueles anos, não pode ser esquecido nem negado”, exortou Francisco.
Depois, ele lembrou a “corajosa poetisa húngara Edith Bruck, que vive em Roma”, e que “sofreu tudo isso”. O papa convidou os fiéis a ouvi-la no programa de televisão italiano Che tempo che fa, onde ele se apresentou no domingo passado. “É uma grande mulher”, afirmou.
“Também nos lembramos de muitos cristãos, entre eles muitos mártires. Renovo meu apelo para que todos trabalhem juntos para erradicar a chaga do antissemitismo, juntamente com todas as formas de discriminação e perseguição religiosa”, disse.
E pediu: "Vamos construir juntos um mundo mais fraterno e mais justo, educando os jovens para que tenham um coração aberto a todos, na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”.
Uma saudação especial aos jornalistas
O papa dirigiu uma saudação especial aos jornalistas e aos trabalhadores dos meios de comunicação social que viveram o seu Jubileu nestes dias, exortando-os a serem sempre narradores de esperança”.
No final, uma criança da Ação Católica, vinda das paróquias e das escolas católicas de Roma, dirigiu-se à janela do Palácio Apostólico do Vaticano ao lado do papa para pedir a paz e que “silenciem as armas”.
Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.
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