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1 de abr de 2025 às 14:43
O papa Francisco pediu que o uso das novas tecnologias “não substitua as relações humanas” e que as telas não nos façam esquecer que por trás dela “existem pessoas reais”.
“Quanto eu gostaria que olhássemos menos para as telas e olhássemos mais nos olhos um do outro”, disse o papa em mensagem de vídeo com suas intenções de oração para este mês.
O vídeo “Para o uso de novas tecnologias”, publicado hoje (1), foi gravado antes de Francisco ser internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro.
Francisco, que ainda está convalescendo, ressaltou que o verdadeiro desafio não é só desenvolver novas ferramentas digitais, mas aprender a usá-las de forma ética e solidária.
“Quando olhamos nos olhos uns dos outros, descobrimos o que realmente importa: que somos irmãos, irmãs, filhos do mesmo Pai”, disse o papa Francisco.
O papa falou sobre como o uso excessivo de dispositivos móveis e mídias sociais pode afastar as pessoas da verdadeira conexão com os outros.
Francisco disse que quando “passamos mais tempo com o celular do que com as pessoas, algo não está funcionando”.
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“A tela nos faz esquecer que por trás dela existem pessoas reais que respiram, riem e choram”, disse também o papa Francisco.
O papa disse que a tecnologia é um dom de Deus que pode ser usado para o bem comum, embora tenha falado sobre o perigo de que seu uso beneficie só alguns, enquanto outros são excluídos.
“É o fruto da inteligência que Deus nos deu”, disse Francisco. “Mas é preciso usá-lo bem. Não pode beneficiar só alguns, enquanto outros são excluídos”.
“O que temos que fazer então?”, perguntou o papa Francisco.
Para o papa, a chave é usar a tecnologia “para unir, não para dividir”. Mas também para “ajudar os pobres”, para melhorar a “vida dos doentes e das pessoas com diferentes capacidades”, para “cuidar da nossa casa comum” e, finalmente, para “nos encontrarmos como irmãos e irmãs”.
Ao concluir, Francisco pediu aos fiéis para se unir em oração para que as tecnologias sejam um meio de encontro, respeitem a dignidade das pessoas e ajudem a enfrentar as crises atuais: “Rezemos para que o uso das novas tecnologias não substitua as relações humanas, respeite a dignidade das pessoas, e ajude a enfrentar as crises do nosso tempo”.
Essa é uma iniciativa da qual o papa Francisco participa desde 2016 em colaboração com a Rede Mundial de Oração do Papa, obra pontifícia para mobilizar os fiéis diante dos desafios da humanidade. As diferentes mensagens divulgadas a cada mês por cerca de 114 países em 23 idiomas já somam cerca de 220 milhões de reproduções nas redes sociais em que a Santa Sé tem perfis oficiais.