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Por Angela Ambrogetti
Roma, 22 de mar de 2025 às 16:02
O Papa volta amanhã (23) ao Vaticano com para dois meses de convalescença com medicamentos, oxigênio e terapia.
Sergio Alfieri, chefe da equipe médica que tratou do papa no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, de Roma, fez o anúncio à entrada do hospital numa entrevista coletiva no fim da tarde de hoje.
Alfieri recordou a pneumonia bilateral grave de que o papa sofre, e dois episódios em que a vida do Papa esteve em perigo. Mas disse que ele nunca foi entubado e esteve sempre alerta e orientado.
O papa vai se recuperar com o tempo e repouso, disse o médico. Vai demorar para ele voltar a falar.
Segundo Alfieri e Luigi Carbone, diretor adjunto do serviço médico do Vaticano, ele está estável há quinze dias. “Quando se tem uma pneumonia bilateral e os pulmões estão danificados e os músculos respiratórios também estão com problemas, uma das primeiras coisas que acontece é que se perde um pouco a voz, é como quando, por alguma razão, se usa a voz demasiado alta”, disseram. “E como acontece com todos os doentes, jovens, idosos, mas sobretudo com os mais velhos, a voz demora algum tempo a voltar ao que era antes. Em comparação com dez dias atrás, já registramos melhorias significativas”.
O hospital não é um bom lugar para a convalescença, disseram os médicos, é melhor em casa. Nos próximos dois meses, a vida de Francisco não será certamente normal, mas o trabalho e a recuperação serão paralelos.
Uma equipa de várias especialidades trabalhou para ele para as diferentes necessidades, pelo que foi também consultado um diabetologista para tratar da situação durante o período de internamento.
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A alta foi decidida pelos médicos, disse Alfieri, embora o papa quisesse ir para casa há alguns dias. Ele foi um paciente exemplar aceitou o tempo definido pela equipe, disse o médico.
Se mantiver a tendência atual, em breve Francisco retomará a atividade, afirma Carbone.
As infecções mais graves foram resolvidas, mesmo as virais, mas há algumas micóticas para as quais serão necessários meses para uma solução completa.
Em Santa Marta, onde o papa mora desde que foi eleito, serão necessárias oxigenoterapia, mototerapia e medicamentos, tudo fornecido pelo serviço médico do Vaticano.
Amanhã, ao meio-dia, o Papa apresentar-se-á no Hospital Gemelli e depois irá para Santa Marta. Será também uma forma de se despedir da estrutura que o acolheu e cuidou.
Para a Páscoa ainda não foi decidido nada e, para a presença de colaboradores, a equipa do Gemelli desaconselha grupos e encontros.
