Cidade do Vaticano, 16 de junho de 2025 – Em meio à crescente tensão e confronto armado entre Israel e Irã, o Papa Leão XIV dirigiu um veemente apelo à comunidade internacional e às partes envolvidas, conclamando-as à responsabilidade e ao diálogo como meios primordiais para pôr fim à escalada de violência na região do Oriente Médio.

Sua Santidade expressou profunda apreensão diante do agravamento da situação, ocorrido após recentes ataques de mísseis e retaliações aéreas que marcaram o que se tornou uma guerra aberta entre os dois países.

Durante um encontro com peregrinos, o pontífice ressaltou a urgência de se buscar a paz em um momento tão delicado. Ele reafirmou a posição da Igreja sobre a necessidade do desarmamento nuclear e enfatizou que a construção de um mundo mais seguro depende fundamentalmente de encontros respeitosos e de um diálogo genuíno entre as nações.

Leão XIV sublinhou que é dever de todos os países iniciar e sustentar "caminhos de reconciliação" e promover soluções que estejam alicerçadas na justiça, na fraternidade e no bem comum, visando estabelecer uma paz e segurança duradouras na região. "Ninguém jamais deveria ameaçar a existência de outro", declarou.

O conflito aberto entre as duas potências do Oriente Médio intensificou-se significativamente nos últimos dias, gerando grande preocupação global. A violência em ascensão tem um impacto devastador sobre a população civil.

Diversos líderes, tanto religiosos quanto políticos, têm somado suas vozes ao apelo por uma desescalada imediata e pelo engajamento em negociações diplomáticas. Dom A. Elias Zaidan, que preside o comitê de justiça e paz internacional dos bispos católicos nos Estados Unidos, ecoou as palavras do Papa, instando os Estados Unidos e a comunidade internacional a intensificarem os esforços diplomáticos multilaterais para alcançar uma paz estável.

Dom Zaidan alertou que a propagação de armas nucleares na região, combinada com a atual escalada militar, representa um grave perigo para a já frágil estabilidade do Oriente Médio. A preocupação com o programa nuclear iraniano, inclusive, tem sido um ponto de atenção recente.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, também fez um pronunciamento firme, clamando pelo fim da escalada. Ele destacou os ataques mútuos e pediu que "a paz e a diplomacia devem prevalecer".

À medida que os ataques e as retaliações persistem, aumenta a expectativa de que o número de vítimas e pessoas deslocadas na região continue a crescer.