A cidade de Castel Gandolfo confirmou que o Papa Leão XIV irá reviver a centenária tradição de passar o período de férias de verão na residência papal situada às margens do lago, nas Colinas Albanas, ao sul de Roma.

Embora o Vaticano ainda não tenha emitido uma confirmação oficial, uma porta-voz do município, Giulia Agostinelli, informou que a chegada do pontífice está prevista para ocorrer na primeira semana de julho.

Esta iniciativa representa um retorno a um costume papal que foi interrompido. O Papa Francisco, a partir de 2013, escolheu permanecer em sua residência no Vaticano, a Casa Santa Marta, mesmo durante os meses mais quentes, em vez de utilizar a propriedade em Castel Gandolfo, conhecida por seus vastos jardins.

Francisco decidiu converter a residência de verão em um espaço museológico, que foi aberto ao público em 2016. Os jardins da vila, conhecidos como Jardins Barberini, já haviam sido acessíveis ao público desde 2014, com o objetivo de aumentar a receita da cidade, que historicamente dependia do turismo gerado pela presença papal.

A vila tem sido um local preferido para o descanso estival dos papas desde o pontificado de Urbano VIII, no século XVII. Concedida à Santa Sé sob o Pacto de Latrão de 1929, a propriedade possui uma pequena fazenda criada pelo Papa Pio XI, cuja produção atende a funcionários locais ou é vendida no supermercado do Vaticano.