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10 de dez de 2024 às 16:18
A paróquia de Nossa Senhora em Ålesund, Noruega, se reuniu ontem (9) para um dia de oração dedicado aos nascituros por causa de leis de aborto aprovadas no país. Agora a Noruega permite abortos seletivos por sexo e os chamados procedimentos de “redução de gêmeos”.
As leis de aborto adotadas pelo parlamento da Noruega em 3 de dezembro também estendem o limite legal para aborto no país de 12 para 18 semanas de gestação. Mulheres na Noruega ainda podem fazer abortos além desse período com a aprovação de um conselho médico.
As mudanças na lei causaram debates na sociedade norueguesa e em comunidades da Igreja, levantando preocupações éticas e morais. Diante dessas realidades, a diocese buscou responder por meio de oração, reflexão e aumento de conscientização.
O padre Dariusz Buras, vigário paroquial da igreja de Nossa Senhora, disse à EWTN Noruega que se inspirou em santa Teresa de Calcutá e santa Gianna Beretta Molla para o evento pró-vida.
Em discurso ao aceitar o prêmio Nobel da Paz em Oslo, capital da Noruega, em 1979, santa Teresa de Calcutá disse que o nascituro é um dos seres humanos mais vulneráveis em nosso tempo.
A santa disse que o aborto é uma ameaça à paz, perguntando: “Se uma mãe pode matar seu próprio filho no útero, o que impede você e eu de matar um ao outro?”
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Ao destacar que os países que permitem o aborto são espiritualmente empobrecidos, a santa promoveu a adoção como uma alternativa esperançosa, mostrando que toda criança pode encontrar um lar amoroso.
Santa Gianna Beretta Molla (1922–1962) foi uma médica e mãe italiana que enfrentou um grave dilema moral ao ter câncer grávida. Ela escolheu levar as gravidez a seu termo apesar do risco para sua própria vida. Depois de dar à luz sua filha, Gianna Emanuela, Molla morreu.
Canonizada pelo papa são João Paulo II em 2004, santa Gianna Molla é um exemplo moderno de amor heroico pela vida, mesmo em circunstâncias difíceis.
Enquanto santa Teresa de Calcutá abordava o direito à vida do nascituro de uma perspectiva global, santa Gianna Beretta Molla demonstrou por meio de sua vida que o cuidado com o nascituro não é apenas um princípio abstrato, mas uma realidade concreta — um cuidado pastoral, médico e materno que prioriza a vida da criança.
As vidas das duas santas são um lembrete do chamado cristão para proteger a vida em todas as circunstâncias e dar alternativas à morte, como apoio social, adoção e priorizar os vulneráveis com amor sacrificial.
O encontro de ontem na igreja de Nossa Senhora em Ålesund, inspirado pelo testemunho das duas santas, se tornou um momento de profunda reflexão e oração em uma sociedade onde as leis minam cada vez mais a dignidade humana, especialmente a dignidade do bebê.