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9 de abr de 2025 às 15:18
A Guardia de Finanza, polícia financeira da Itália, em uma operação contra o comércio ilegal de lembranças religiosas do Jubileu 2025 apreendeu cerca de 16,5 milhões de objetos falsificados.
O valor deles chega a pelo menos € 1 milhão (R$ 6,7 milhões). Os objetos se destinavam a ser vendidos aos peregrinos do Ano Santo que, desde 24 de dezembro no ano passado, viajam a Roma.
Entre os objetos confiscados estão rosários, jarros contendo água benta, pulseiras e medalhas que reproduzem imagens da Santa Sé ou o logotipo oficial do Jubileu. Todos foram feitos sem autorização e violam os regulamentos de propriedade intelectual.
O tenente-coronel Graziano Rubino, que comandou a operação, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que 11 pessoas, dez chineses e um italiano, foram presas na operação.
“Era uma rede bem organizada de produção e distribuição ilegal de lembranças religiosas”, disse Rubino. “As atividades de investigação começaram por volta de maio e junho de 2024, vários meses antes do início oficial do Jubileu, para ver nas áreas em frente ao Vaticano onde o material falso foi vendido”
Segundo o policial, os controles foram intensificados quando a Santa Sé registrou oficialmente a marca e apresentou Luce, a mascote do Jubileu da Esperança.
Rubino disse que a operação policial não se limitou às proximidades do Vaticano, mas cobriu várias áreas da capital italiana, sendo os aeroportos de Fiumicino e Ciampino dois pontos-chave.
Nos aeroportos, por meio do Sistema de Informação Antifalsificação (SIAC), foram feitas análises de produtos suspeitos na chegada ao território italiano.
“É um sistema especializado no combate à falsificação que nos permite rastrear a origem dos produtos e reconstruir a cadeia de suprimentos”, disse o tenente-coronel.
Eles detectaram, por exemplo, vários pacotes cheios de objetos religiosos falsificados que aparentemente vieram da Polônia.
“Mas, na realidade, todo o material dentro já havia passado por uma escala e então descobrimos que a mercadoria falsa veio da China”, disse Rubino.
O principal objetivo desta operação, disse o tenente-coronel, é “proteger os peregrinos”, garantindo que os itens que adquirem sejam autênticos e respeitem as normas vigentes.
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Risco para a saúde
O tenente-coronel disse que a proliferação de souvenirs falsificados não só é um prejuízo econômico ao comércio legal, mas distorce de certa forma o significado profundo dos objetos de devoção e pode colocar em risco a saúde dos consumidores.
“Uma pulseira ou medalha falsificada é um objeto feito de material de baixa qualidade”, disse Rubino. “Se uma criança brinca com Luce, a mascote do Jubileu, mas é algo falsificado, pode destacar, por exemplo, os olhos e fazer com que ela engasgue”.
“Encontramos níquel em pulseiras em quantidades desproporcionais. Detectamos a presença de chumbo. São elementos que em grandes quantidades se tornam tóxicos. Além disso, a tinta usada lascou ao entrar em contato com as mãos, de modo que pode se tornar um produto perigoso”, disse o tenente-coronel.
Cooperação com a Santa Sé
Rubino ressaltou a importância da cooperação com a Santa Sé, que deu materiais informativos para identificar produtos originais.
“Os produtos de marca registrada têm um selo que mostra que o produto é certificado e garantido pela Santa Sé”, disse o tenente-coronel.
Rubino encorajou os peregrinos a verificar a autenticidade dos produtos através do site oficial do Jubileu 2025 antes de comprá-los.
“Os peregrinos podem se conectar com um simples smartphone e ver se o objeto que vão comprar está registrado”, disse o tenente-coronel.