Porto: Organizações pedem acordo político abrangente para enfrentar crise dos sem-abrigo

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12/jun/2025

Um conjunto de mais de uma dezena de instituições da cidade do Porto, incluindo várias de inspiração católica, apelou publicamente a um "pacto de regime" entre as diversas sensibilidades políticas para fazer face à crescente crise das pessoas em situação de sem-abrigo.

O documento, divulgado em ano de eleições autárquicas, sugere que as principais forças políticas demonstrem a "coragem" de estabelecer um acordo sobre a forma de implementar a estratégia de apoio, garantindo a continuidade das respostas sociais independentemente de qual partido liderar o executivo municipal.

As entidades subscritoras, com base na sua vasta experiência de trabalho direto com esta população, sublinham a necessidade de uma "visão mais integrada, mais ambiciosa, e mais robusta" para combater um problema que tem evoluído nas suas características e aumentado significativamente o número de pessoas afetadas nos últimos anos.

Consideram "muito prioritária" a criação de soluções de alojamento de longa duração, propondo a colaboração entre o município, empresas e fundações, cabendo à Câmara o papel de principal dinamizador. Defendem também a expansão urgente do modelo 'Housing First', que já demonstrou eficácia noutras cidades, mas que no Porto se encontra ainda em fase embrionária.

Segundo estas organizações, a implementação destas soluções não só apoiaria a integração social dos indivíduos, como também aliviaria a pressão sobre os recursos de alojamento de emergência, comunidades terapêuticas e respostas para migrantes em situação precária. Aprofundar o conhecimento sobre a população migrante, reforçar o apoio à saúde mental, criar soluções de emprego protegido ou convencional e um fundo para situações de emergência são outras propostas apresentadas. A carta alerta ainda para a "escassez evidente de técnicos disponíveis" para trabalhar nesta área.

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