O trabalho da Comissão de Liberdade Religiosa, recentemente criada nos Estados Unidos, está em andamento. O presidente da comissão, o vice-governador do Texas, Dan Patrick, compartilhou suas perspectivas sobre os principais desafios domésticos à liberdade religiosa no país após a primeira audiência do grupo.

Em uma entrevista concedida em 19 de junho, logo após a sessão inaugural da comissão em Washington, D.C., Patrick apontou duas grandes fontes de ameaça. A primeira, segundo ele, reside em decisões judiciais tomadas a partir de meados do século XX. A segunda ameaça vem da apatia das pessoas de fé, pois, como ele ressaltou, "se você não lutar por isso, pode perder".

A audiência inicial da comissão abordou temas como a intenção dos fundadores do país e a cláusula de estabelecimento, discutindo como, na visão de Patrick, ela foi "perdida" através de decisões judiciais, citando tribunais como o liderado por Warren e figuras como Hugo Black. Ele enfatizou que a perda da liberdade religiosa pode rapidamente levar à erosão de outras liberdades.

Patrick mencionou que ele e os outros 13 membros da comissão, entre os quais estão nomes proeminentes, receberam contribuições jurídicas de especialistas. Entre as sugestões apresentadas, destacou-se a necessidade de a Suprema Corte analisar mais casos relacionados à liberdade religiosa, em vez de devolvê-los a instâncias inferiores. Também houve um apelo para que o Departamento de Justiça, sob cuja jurisdição a comissão opera, adote um papel mais ativo nestes casos.

A comissão planeja realizar mais sete ou oito audiências ao longo do próximo ano. Ao final deste período, um relatório será entregue ao Presidente, contendo recomendações para ações executivas ou propostas legislativas a serem encaminhadas ao Congresso.

Patrick relembrou a origem da comissão, mencionando uma conversa com o Presidente em novembro passado, onde propôs a ideia, que foi bem recebida. Ele expressou confiança em trabalhar com um Presidente que, segundo ele, "acredita em Deus, acredita em Jesus Cristo e disse: 'Quero que meu governo reflita os valores onde sei que a maior parte do país está'".

A entrevista completa com Dan Patrick pode ser assistida abaixo.