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2 de mai de 2025 às 16:07
Quatro cardeais eleitores ainda devem chegar a Roma, faltando só cinco dias para o início programado do conclave para eleger o sucessor do papa Francisco, disse hoje (2) a Santa Sé, na conclusão da oitava congregação-geral dos cardeais.
Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, não revelou os nomes dos cardeais que ainda estão a caminho da cidade.
No entanto, ele disse que na sessão de hoje, vários cardeais chegaram a Roma e tomaram posse às 10h30 (5h30 no horário de Brasília), no intervalo da assembleia.
Cerca de 180 cardeais participaram da reunião privada, dos quais 133 são eleitores.
No encontro com a imprensa, Bruni também negou rumores sobre possível mal-estar do cardeal Pietro Parolin, dizendo que tal incidente não ocorreu. Ele também negou qualquer intervenção da equipe médica ou de enfermagem.
Na sessão de hoje, 25 cardeais falaram, e suas falas abordaram temas de particular relevância para o futuro da Igreja.
Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, os cardeais disseram que a evangelização foi o coração do pontificado do papa Francisco, que buscou uma Igreja “como comunhão fraterna e evangelizadora, capaz de falar especialmente às novas gerações”.
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Os cardeais também falaram das Igrejas Orientais, marcadas pelo sofrimento, mas também “por um forte e corajoso testemunho de fé”.
Várias falas também destacaram a urgência de comunicar o Evangelho de forma eficaz em todos os níveis da vida eclesial, das paróquias à Cúria, dizendo que “o testemunho do amor mútuo é o primeiro anúncio, como o Evangelho nos lembra”.
As falas dos cardeais também abordaram abusos sexuais e escândalos financeiros.
Bruni disse que esses temas foram abordados como “uma ferida” que deve ficar “aberta” para que a consciência do problema permaneça viva e caminhos concretos para a cura possam ser identificados.
Outros temas debatidos foram a centralidade da liturgia, a importância do direito canônico e o valor da sinodalidade, entendida em sua relação com a missão, a colegialidade e a superação do secularismo.
Os cardeais debateram sobre a “hermenêutica da continuidade” entre os pontificados de são João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco, assim como a relevância da eucaristia na missão evangelizadora da Igreja.