Este décimo terceiro Domingo do Tempo Comum coincide, neste Ano C, com a importante celebração dos apóstolos Pedro e Paulo. A liturgia deste dia nos convida a meditar sobre a vida e o legado destes dois pilares da Igreja primitiva, admirando seu exemplo de fidelidade a Cristo e seu ardor missionário na propagação do Reino de Deus.
A primeira leitura, do livro dos Atos, narra a libertação milagrosa de Pedro da prisão, sublinhando a contínua providência divina sobre a Igreja e aqueles que anunciam a Boa Notícia da salvação.
Nas epístolas, as palavras finais de Paulo, conforme registradas na segunda leitura, revelam sua total entrega ao chamado de Jesus e seu compromisso inabalável com o Evangelho. A afirmação «Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé» é um poderoso convite para que também nós percorramos nossa jornada de fé com perseverança e dedicação, inspirados pelo seu testemunho.
O Evangelho centraliza-se na confissão de Pedro sobre a identidade de Jesus como o Messias, o Filho de Deus. A partir desta adesão, nasce a Igreja, a comunidade de seguidores de Cristo, congregada e orientada em torno da figura de Pedro. Ele é investido de uma autoridade de serviço e amor, encarregado de interpretar os ensinamentos de Jesus e guiar a comunidade.
A missão fundamental da Igreja é testemunhar a proposta de salvação trazida por Jesus. A Pedro, e consequentemente à Igreja, é confiado o "poder das chaves". Isso significa a capacidade de compreender e aplicar as palavras de Cristo aos desafios de cada época, bem como a missão de acolher na comunidade todos os que aceitam a salvação que Jesus oferece.
A pergunta de Jesus no Evangelho, «E vós, quem dizeis que Eu sou?», ressoa para cada um de nós. A resposta a esta questão vai muito além de respostas decoradas. Ela exige um olhar sincero para dentro de nós mesmos, avaliando o verdadeiro lugar que Cristo ocupa em nossa vida. Implica considerar a influência de Seus valores em nossas escolhas e o empenho que demonstramos em segui-Lo.
Responder a "Quem é Cristo para mim?" é um processo contínuo que envolve todo o nosso ser. Pedro e Paulo responderam com a entrega total de suas vidas. Assim como eles, somos chamados a ser discípulos missionários, fiéis à pessoa de Cristo, vivendo essa fidelidade na Igreja, na família, no trabalho, na escola, e em todos os ambientes onde somos chamados a ser sinais da presença de Cristo vivo.