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30 de abr de 2025 às 17:13
O cardeal argentino Leonardo Sandri, prefeito emérito do Dicastério para as Igrejas Orientais da Santa Sé, celebrou hoje (30) a quinta missa pela alma do papa Francisco, na qual disse aos cardeais que, “como sucessores dos Apóstolos”, eles são “chamados todos os dias a lembrar e viver com a consciência de que ‘reinar é servir’ “.
Em sua homilia na basílica de São Pedro, no Vaticano, o cardeal Sandri disse que assim seguimos o exemplo do “Mestre e Senhor, que está entre nós como Aquele que serve”.
O cardeal falou diante do Colégio de Cardeais sobre a leitura do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos, que narra o discurso de são Pedro apóstolo, o primeiro papa, aos judeus fora do cenáculo depois de receber o Espírito Santo, evento depois do qual os apóstolos começaram a anunciar a Boa Nova em diferentes línguas.
Em sua homilia, dom Sandri disse que “é significativo que essa leitura tenha sido escolhida no Novendiali: certamente se refere ao apóstolo Pedro, sendo seu primeiro discurso, mas o contexto é o de Pentecostes, que acaba de ocorrer. A referência temporal que Lucas indica é que ‘o dia de Pentecostes estava prestes a terminar’ ”.
“O que significa esse fim? É ao mesmo tempo cumprimento e, portanto, o ponto de partida para um novo começo. O evangelista usa aqui o mesmo verbo que usou no capítulo nono do Evangelho, quando, depois da Transfiguração, ao descer do monte, “cumprindo-se os dias da sua ascensão”, Jesus endureceu o rosto e rumou para Jerusalém, onde se cumpririam as Escrituras a seu respeito”.
Depois da Transfiguração, disse o cardeal, veio “o cumprimento das profecias na Páscoa em Jerusalém; depois da Páscoa, a expectativa do Espírito no Pentecostes, com a plenitude do dom do Espírito, o início da Igreja”.
“Estamos vivendo a transição entre o fim da vida do sucessor de Pedro, o papa Francisco, e o cumprimento da promessa de que, com a nova efusão do Espírito, a Igreja de Cristo poderá continuar seu caminho entre a humanidade com um novo Pastor”, disse dom Sandri.
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O cardeal argentino disse também que o papa Francisco gostava de falar sobre o diálogo entre gerações, “sobre a necessidade de os idosos compartilharem seus sonhos com os jovens, e que eles, com sua energia e visão, os tornem realidade com a ajuda de Deus”.
“Não há futuro sem esse encontro entre idosos e jovens; não há crescimento sem raízes, nem florescimento sem novos brotos. Nunca há profecia sem memória, nunca há memória sem profecia; e sempre há encontro”, disse o cardeal Sandri, citando o papa Francisco.
“De certa forma”, disse dom Sandri, “o papa Francisco também deixa esta palavra ao Colégio Cardinalício, composto por jovens e idosos, em que todos podem deixar-se instruir por Deus, intuir o sonho que Ele tem para a Sua Igreja e buscar realizá-lo com entusiasmo juvenil e renovado”.
O cardeal Sandri, que destacou as diversas origens dos cardeais eleitores, disse que na bula papal que anuncia o Jubileu da Esperança, o papa Francisco convidou os fiéis a viver este tempo em preparação para a celebração dos dois mil anos da Redenção, que acontecerá em 2033.
“Espiritualmente”, disse o cardeal argentino, “todos nos tornaremos peregrinos pelas estradas da Terra Santa, em Jerusalém, para anunciar ao mundo do Santo Sepulcro — esperando fazer isso com todos os nossos irmãos e irmãs que foram consagrados por um único batismo — O Senhor verdadeiramente ressuscitou e apareceu a Simão!”