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11 de fev de 2025 às 13:15
Chems-Eddine Hafiz, reitor da Grande Mesquita de Paris, propôs ao papa Francisco que organize um encontro entre cristãos e muçulmanos na capital francesa este ano para promover o diálogo inter-religioso e a fraternidade.
Hafiz fez a proposta em audiência ontem (10) com o papa na Casa Santa Marta, no Vaticano, que também contou com a presença de uma delegação do Conselho de Coordenação da Aliasnça de Mesquitas, Associações e Líderes Muçulmanos na Euopa (AMMALE).
Inspirada na encíclica Fratelli tutti, do papa Francisco, a iniciativa diz querer promover a fraternidade e a justiça por meio do diálogo inter-religioso.
No encontro, o segundo entre os dois depois do que tiveram em 2022, o papa pediu desculpas por não receber Hafiz no Palácio Apostólico.
“Tenho bronquite, moro aqui e não posso sair”, disse Francisco, de 88 anos, em vídeo publicado no site da Grande Mesquita de Paris.
No encontro, o reitor entregou a Francisco uma mensagem sobre a fraternidade de cristãos e muçulmanos na Europa, na qual propôs a ideia de organizar um novo encontro internacional para promover essa fraternidade em escala continental.
Em carta publicada no site da Grande Mesquita de Paris, Hafiz propõe a realização de um grande encontro inter-religioso na capital francesa este ano, inspirado nos encontros de Assis de 1986, promovidos pelo papa são João Paulo II.
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Embora a Sala de Imprensa da Santa Sé não tenha divulgado detalhes, o papa Francisco confiou essa tarefa ao Dicastério para o Diálogo Inter-religioso da Santa Sé, segundo a Grande Mesquita de Paris.
Na carta que entregou ao papa Francisco, Hafiz reflete sobre a história entre cristãos e muçulmanos, destacando os encontros frutíferos e os desafios que enfrentaram juntos ao longo dos séculos.
O reitor diz que, apesar das diferenças, ambas as comunidades estão unidas pela mesma origem divina e devem fortalecer a fraternidade na Europa.
Hafiz também falou sobre o crescente medo e rejeição aos muçulmanos na Europa, que ele diz serem alimentados por discurso de ódio e estereótipos que associam o islamismo à violência terrorista.
O reitor destaca o papel do papa Francisco em encontros com líderes muçulmanos e seu empenho na fraternidade inter-religiosa.