Vaticano deve sediar negociações entre Rússia e Ucrânia, diz Trump
Este artigo é o do site Aci Digital Para ler o artigo original clique aqui! Por Jonah McKeown 20 de mai de 2025 às 12:30
Irmã Ivani Morais, missionária da Consolata, recorda juventude no Brasil, onde já sentia um «amor imenso pela Igreja» e identificava uma necessidade de a «humanidade ser consolada»
Lisboa, 21 mai 2025 (Ecclesia) – A irmã Ivani Morais, Missionária da Consolata há 50 anos, acompanha a comunidade no bairro do Zambujal, na periferia de Lisboa, lamentou a falta de espaço dos jovens para “sonhar” mas reconheceu “valores escondidos” entre uma população invisível.
“Os jovens estão todos fora e têm direito de procurar o seu pé-de-meia, não? Os poucos que estão ali são aqueles que trabalham nos centros comerciais, a turnos. É difícil ter condições para estudar, ter um nível superior. Há pouco tempo um jovem contava-me que estava a fazer o seu currículo mas ia omitir a residência porque se a indicava, sabia que não ia ter trabalho. É um bairro onde falta trabalho e falta habitação”, conta à Agência ECCLESIA a religiosa.
Natural de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, no Brasil, a irmã Ivani Morais está em Portugal desde 2007, e desde então conhece o bairro do Zambujal, tendo vivido ali durante cerca de sete anos.
Eu comparo o bairro do Zambujal com aquela cena do Evangelho: um homem encontra o campo com uma pérola preciosa, vende tudo o que tem para adquirir aquele campo. O Zambujal, para nós, foi esse campo com pérolas preciosas escondidas lá dentro. O que precisava era mesmo esse contato para ir criar relação. Há valores humanos, valores cristãos, valores humanitários, valores de comunicação, valores de família”.
Há quase 20 anos quando ali chegou, a religiosa encontrou um local “perigoso, com droga, onde era difícil circular à noite” mas a experiência de viver o dia-a-dia com os habitantes foram, reconhece, “os mais bonitos”.
“Eles contavam-nos tudo. Morre uma pessoa, a outra adoece, chamam sempre a irmã. Na cultura cabo-verdiana, quando morre alguém, todos os dias, à noite, junta-se a famílias para rezar o terço – isso é tradição. Nós passamos pelo bairro e paramos junto de um, e junto de outros, e eles dizem «Esta é a nossa irmã». É bonito”, recorda.
Com o aumento do valor das rendas, as missionárias da Consolata deixaram o bairro e vivem atualmente em Alvalade, mas diariamente a irmã Ivani desloca-se para estar com as pessoas no Zambujal.
“É importante não esperar que as pessoas venham à igreja, ouvir homilias compridas, que entendem pouco ou nada. O importante é o contato de pessoa a pessoa. Passa um na rua, você não conhece? Cumprimenta, para um pouco. Conhece ou não conhece? Cumprimenta. Pergunta como está. Vê que não está bem. Essa relação de pessoa a pessoa é importante, estar disponível para ouvir, para questionar, para interagir com as pessoas. Às vezes, quando eu chego em casa, eu digo às irmãs, olha gente, não perguntem o que eu fiz hoje, mas eu perdi tempo com as pessoas”, conta.
Em 50 anos de vida consagrada, a irmã Ivani recorda, em conversa com o programa ECCLESIA, a convicção de uma vocação que queria estar disponível para o mundo e para as pessoas.
“Acho que a nossa humanidade, sobretudo, não só hoje, mas sempre, tem a necessidade de ser consolada, de experimentar dentro de si aquela alegria da consolação”, sublinha.
A namorar, a então jovem Ivani decidiu terminar uma relação porque “não tinha intenção e a prosseguir e não era justo para a pessoa”; a jovem estava determinada em “imitar Jesus, estar completamente disponível” para uma “vida consagrada entregue às pessoas sem intermediários pelo meio”.
Eu sinto a Igreja como a minha família. Eu sinto um amor tão grande por este mundo, por esta Igreja. Parece que eu amo todos os homens. Tenho uma carga de amor bastante grande, que me entusiasma”.
A vida paroquial, em Vila Nova Cachoeirinha, conheceu a congregação das Missionárias da Consolata, e preenchia os seus dias no serviço administrativo e na catequese.
A irmã Ivani recorda que nos anos 70 chegou a ser detida pela Polícia de Investigação da Ordem Social para interrogações, uma vez que trabalhava no Grêmio Politécnico, uma instituição ligada aos universitários, num contexto de manifestações: “Era um ambiente delicado”, recorda.
No seu percurso encontramos ainda os anos de missão em Moçambique, durante o período da guerra, onde permaneceu junto da população e desenvolveu uma relação privilegiada e de respeito com os militares que a ajudavam a encontrar comida e a fazer chegar alimentos a uma população muito pobre mas aberta à evangelização.
A conversa com a irmã Ivani Morais pode ser acompanhada esta noite no programa ECCLESIA, na Antena 1, pouco depois da meia-noite, e no podcast «Alarga a Tua Tenda».
LS
Este artigo é o do site Aci Digital Para ler o artigo original clique aqui! Por Jonah McKeown 20 de mai de 2025 às 12:30
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Este artigo é o do site Aci Digital Para ler o artigo original clique aqui! Por Hannah Brockhaus 20 de mai de 2025 às 14:41
Este é um artigo do site ECCLESIA. Irmã Ivani Morais, missionária da Consolata, recorda juventude no Brasil, onde já sentia um «amor imenso pela Igreja»
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