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20 de mar de 2025 às 15:58
A paróquia Santa Rita, no centro do Rio de Janeiro (RJ), será elevada a santuário arquidiocesano no sábado (22) com uma missa celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta. Criada em 1751, ela é a primeira paróquia nas Américas dedicada a santa Rita e uma das paróquias mais antigas da cidade.
O cânon 1.230 do Código de Direito Canônico (CDC) diz que um santuário é um “lugar sagrado aonde os fiéis, por motivo de piedade, em grande número acorrem em peregrinação, com a aprovação do Ordinário do lugar”. O cânon 1.234 estabelece que o local deve dispor aos fiéis “meios de salvação mais abundantes, com o anúncio cuidadoso da palavra de Deus, o fomento da vida litúrgica, principalmente por meio da celebração da Eucaristia e da penitência, e ainda com o cultivo de formas aprovadas de piedade popular”.
O pároco de Santa Rita, padre Wagner Toledo, disse ao jornal Testemunho de Fé, da arquidiocese do Rio de Janeiro, que a igreja tem muita vitalidade, “é um verdadeiro pronto-socorro espiritual. Ali, diariamente, temos de seis a sete missas, atendendo a grande população da Região Metropolitana, que sai muito cedo de casa ou tem que retornar tarde, não encontrando mais suas igrejas abertas”.
“O povo sabe que na igreja de Santa Rita vai encontrar um sacerdote celebrando missa a cada hora e atendendo confissões”, continuou ele, acrescentando que a igreja também faz os “trabalhos de evangelização, desde a Iniciação à Vida Cristã, de crianças, jovens e adultos” e o trabalho social com as 150 famílias cadastradas que recebem “cestas básicas, acompanhada de assessoria jurídica, encaminhamentos hospitalares e orientações para assegurar direitos junto ao governo”.
Devoção a santa Rita no Brasil
A devoção a santa Rita chegou ao Brasil muito antes de ela ser canonizada em 24 de maio de 1900 pelo papa Leão XIII.
Segundo o padre Toledo, em 1627, 180 anos depois da morte da santa, o casal “Manuel Nascentes Pinto e Maria Antônia, fidalgos portugueses”, atravessou “o Atlântico, trazendo um quadro, de pintura a óleo, da beata Rita”.
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“Ao chegarem, eles começaram a propagar a devoção à santa dos impossíveis, na época beata”, disse.
Ele contou que em 1721 foi colocada a pedra fundamental para construir a igreja e que há relatos de que tanto a nobreza quanto os nativos e os escravizados se reuniam para rezar a novena à beata Rita com a imagem trazida pelo casal português e que ficava guardada na igreja da Candelária.
“É um belo sinal de devoção a uma beata num continente totalmente diferente de seu país de origem, e ainda se tornar padroeira titular de uma paróquia no Brasil, em 1751”, disse o padre.
Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis
Santa Rita de Cássia nasceu em 1381, em Roccaporena, perto de Cássia, região da Úmbria, na Itália. Queria ser freira, mas por obediência aos pais casou-se por volta de 1385 com Paulo de Ferdinando de Mancino e teve dois filhos. Ela sofreu muito com o marido, mas ao longo do tempo, com suas orações e bondade ele se converteu. Depois disso, seu marido foi morto por facções políticas da época. Temendo que os filhos vingassem a morte do pai, suplicou a Deus que os levasse desta vida antes de cometerem este pecado. Pouco tempo depois, eles morreram.
Santa Rita se entregou à oração, penitência e obras de caridade. Depois, foi aceita no convento agostiniano em Cássia. Ela morreu aos 76 anos, no dia 22 de maio de 1457. Vários milagres aconteceram através de sua intercessão e a devoção a ela cresceu ao redor do mudo. O corpo de santa Rita está incorrupto há vários séculos, e às vezes é possível sentir uma doce fragrância. Na cerimônia de beatificação, em 1627, o corpo dela se elevou e abriu os olhos.
Ela é popularmente conhecida como a padroeira das causas impossíveis, protetora das viúvas e santa das rosas.